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"Achei que essa letra, dramática, fazia mais sentido cantada pela Tina Turner. Mas, nessa altura, ela estava a despedir-se do público, depois de 50 anos de carreira. Acabámos por ser nós a gravar", disse, Neil Tennant, dos Pet Shop Boys. A dupla já tinha escrito para Tina Turner. E, antes, já tinha escrito para outras divas, como Dusty Springfield e Liza Minelli.
Tina teve uma segunda vida quando regressou, no início dos anos 80, com a ajuda de um conjunto de compositores mais novos. A canção-título do álbum "Private Dancer", por exemplo, foi escrita por Mark Knopfler (dos Dire Straits). Apesar de não ter sido escrita para ela, fez todo o sentido: na sua voz, na sua entrega, na sua garra, na sua história, na sua vida. Era ela. Tina era o que cantava. Tudo o que cantava passava a ser dela. Até o que não cantou.
Volto ao início. A canção que Neil Tennant falou chama-se "The way it use to be". A dada altura, diz assim: "Don't give me all your northern pain / Don't sell me New York in the rain / Let's leave our promises behind / Rewind and try again". Tina nunca a cantou, mas é, sempre, a voz dela que eu ouço na minha cabeça.
A canção dos Pet Shop Boys, de que falo, é esta:
https://www.youtube.com/watch?v=cibw8Hsab28
A canção que escreveram para a Tina Turner é esta:
Era ainda uma criança quando a grande Janis Joplin faleceu, por isso, só uns anos mais tarde, tive oportunidade de me apaixonar por ela e pela sua música.
Numa época em que o Rock and Roll era ainda quase só uma cena de gajos, nunca descurei as boas vozes femininas…Fui crescendo ao som da Annie Lennox, da Bonnie Tyler, da Cyndi Lauper, da Chrissie Hynde, da Kate Bush, da Debbie Harry, da Hazel O`Connor, da Lena d`Água, da Lene Lovich, da Nina Hagen, da Rita Lee, e claro da Tina Turner.
Não sei se a Tina era “simply the best, better than all the rest”, mas que foi enorme e inspiradora, lá isso foi.