Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Este é o novo sobressalto da democracia europeia: chama-se Eric Zemmour. O candidato à presidência do país da "Liberdade, igualdade, fraternidade" é um conhecido ex-jornalista e comentador da televisão. Zemmour é um judeu de extrema-direita, simpatizante de Pétain - símbolo máximo do colaboracionismo nazi. Um antimuçulmano, que já foi condenado por racismo, e que conta com o apoio de Le Pen pai. Zemmour anunciou que era candidato, num vídeo publicado no Youtube. Não é surpreendente. Os defensores das ideias mais antigas não hesitam em recorrer às tecnologias mais modernas, para espalharem a sua mensagem. Não é uma invenção do populismo de hoje. É uma invenção do populismo de sempre. Os "modernos", admiradores do teórico dos media Marshall McLuhan, continuam encantados com os "meios que são mensagem". Os "antigos" não olham a meios, para atingirem os fins.
[Foto: Joel Saget / AFP]
Somos seis, nesta ala do comboio. O jovem “hipster” está no Instagram. A jovem alternativa consulta o Facebook. Dois jovens “yuppies” vêem uma série no Netflix. O jovem xoninhas (desculpa xoninhas, ficas sem nome “cool”) vê vídeos de YouTubers engraçados. Eu sou o único que não estou (não estava) ligado à rede. Leio um livro sobre pescas.