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Setembro

por Miguel Bastos, em 01.09.23

Foi-se embora
O mês de agosto
Logo agora
Que lhe tomara o gosto

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Meco

por Miguel Bastos, em 28.07.23

meco.jpg

A "silly season" é injustamente desvalorizada. Escrito, há dois anos:

Mais velho - Mas, afinal, como é que é essa praia do Meco?
Pai - Oh filho, é uma praia igual às outras. Tem, apenas, uma diferença...
Mais velho - Qual?
Pai - É conhecida por ser uma praia de nudistas.
Mais velho - Como assim?
Pai - As pessoas não usam roupa. Portanto, quando chegarmos, vamos ter que tirar os calções.
Mais velho - Ai não vou, não!
Mais novo - Eu tiro! Eu tiro!
Mais velho - Estás maluco, ou quê?
Mais novo - Tu é que estás. Nem penses que nos vais estragar as férias, por causa das tuas vergonhinhas!

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Revolução: Lisboa

por Miguel Bastos, em 14.07.23
20211222_094100.jpg

 

Ele há coincidências! Estava eu a ouvir este disco e a escrever este texto, quando fui alertado para o regresso, ao vivo, dos LX-90. Foi, ontem, no festival Super Rock.
 
Lisboa, anos 90: jovem, moderna, europeia, cosmopolita. Era uma Lisboa (ainda) imaginada, mas quase a chegar. A Lisboa Lx, CCB, 94, 98. É nessa Lisboa, que surge "Uma revolução por minuto": a aventura pós-Heróis do Mar de Rui Pregal da Cunha e Paulo Pedro Gonçalves. Enquanto Pedro Ayres Magalhães mergulhava na portugalidade dos Madredeus - fadista, tradicional, mediterrânea, de câmara - o cantor e o guitarrista dos Heróis, emergiam na pista de dança, numa mistura de rock e eletrónica, que os alinhava com as novas propostas de Londres e Manchester. Os Lx-90 tinham guitarras furiosas, baixo pulsante, bateria irrequieta, "beats", "loops" e "samples", um Dj (Vibe) e um mestre de cerimónias (Rui). O disco era um "blockbuster": uma superbanda, dois produtores britânicos, edição bilingue (português e inglês), vídeos e remisturas. Mas, foi um "flop". O público (oh, ironia!) preferiu a Resistência, com as versões acústicas de canções antigas, e o rock folclórico, dos Sitiados. Eles bem que cantavam "a revolução não pode parar", mas parou - antes, mesmo, de começar. Ou, então, continuou noutro local, sem eles. Os próprios não terão gostado muito do disco, porque partiram para outras bandas e fundaram outras bandas (inconsequentes), longe desta fusão de rock e dança. Os Lx-90 foram um caso único, em Portugal. Dancei-os, na altura. E descobri, esta manhã, que ainda se dançam muito bem.
 

Música aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=onb_SyCSQ_0&list=OLAK5uy_njAvmQwsu3-oW19jwNzQRFcQCs2iNCOMw&index=6

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Não dormir

por Miguel Bastos, em 19.09.22

russia.jpg 

Andei a dormir mal. Não posso alegar desconhecimento. Afinal, o autor tinha avisado: "Quanto menos soubermos, melhor dormimos". Mesmo assim, quis saber. Comecei a ler o livro (e a dormir mal). Resolvi parar. As férias estavam à porta, havia demasiado cansaço acumulado, e, se andava a dormir mal, passei a dormir pior. Mas, não dá para fechar os olhos, indefinidamente. Voltei ao livro de David Satter, com a queda da União Soviética e tudo o que se levantou a seguir. Nada bonito de se ver: o assalto ao Estado, as expropriações, os monopólios, a corrupção, o crime organizado, as oligarquias, o terrorismo de Estado. A utilização das forças de segurança, como arma política. A guerra, como arma política. A guerra, como projeto político. Se não fosse tão credível, o livro de David Satter era, apenas, um retrato grotesco e apocalíptico. Assim, é só inqualificável. Ainda pensei se, depois de uma leitura tão avassaladora, seria boa ideia passar para o livro seguinte: "Na cabeça de Putin", de Michel Eltchaninoff. Hesitei. Depois, fiz como no poema de Cesariny: "fechar os olhos frente ao precipício e cair verticalmente no vício". A estreia da editora Zigurate, de Carlos Vaz Marques, também se faz à beira do precipício. Com dois livros, que são "livrinhos" por fora", mas muito densos por dentro.

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Setembro

por Miguel Bastos, em 12.09.22

praia.jpg

- Não está ninguém na praia.
- Pois não.
- Achas que é por causa do mau tempo?
- Não, é porque estamos em setembro.
- Pois, as pessoas estão fartas de praia.
- Exato. Se fosse agosto, estava cheia.

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No fim do mundo

por Miguel Bastos, em 06.09.22

pomarao.jpg

Os portugueses foram até ao fim do mundo. Ainda vão. E continuam a deixar fins do mundo, atrás de si. No outro dia, estive num fim do mundo. Foi lá, a sul, numa varanda sobre o rio, que conhecemos Judy (chamemos-lhe assim): a serpentear por entre as mesas, a espalhar sorrisos e a sussurrar sotaque. Perguntamos-lhe pela origem do sotaque. Pergunta-nos pela origem do nosso. Respondemos. "Então, somos todos do norte", diz a sorrir, enquanto nos leva até à dona da varanda, "mas ela é da mesma terra que vocês". E, assim, recordamo-nos que o mundo é uma pequena aldeia. Uma aldeia repleta de fins do mundo.

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Produtos naturais

por Miguel Bastos, em 02.09.22

A Sofia chegou esta semana. Acaba de reparar que não trouxe os seus produtos de higiene e limpeza. "Não faz mal", digo eu, "não faltam produtos por aí". "Mas eu gosto muito dos meus", responde, "são naturais". A Sofia preocupa-se muito com o ambiente. De modo que, depois de uma consulta rápida na internet, vai até à localidade mais próxima, comprar os produtos que lhe fazem falta. Como não encontra o que procurava, acaba por ter que ir à localidade seguinte. Regressa, passados 80 quilómetros. Para ela faz sentido: o ambiente merece e agradece. Não vale a pena tecer muitas considerações sobre a opção da Sofia. Até porque - uns mais, outros menos - somos todos sofias.

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Os pés

por Miguel Bastos, em 01.09.22

IMG_4600 (1).JPG

Queridos pés,
Peço desculpa por interromper, mas acabam de me dizer que está na hora de dar corda aos sapatos.
Obrigado
Miguel

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Gorbachev

por Miguel Bastos, em 31.08.22

1987. A publicidade mostrava que a Nikita, do Elton John, não era uma exceção. A Perestroika confirmava que o Leste tinha as mulheres-soldado mais bonitas do mundo. O mundo estava a mudar, mas, no final, mudou menos (muito menos) do que se desejava. Mais preocupante: uma parte do mundo está com a democracia pelos cabelos. Gorbachev morreu. Tinha 91 anos.

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Mais alto

por Miguel Bastos, em 30.08.22

O mais velho anda todo contente, porque é mais alto do que a mãe. Eu também, mas não ando por aí a gabar-me. Enfim...

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