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Os taxistas são brutos. Os motoristas da Uber são cultos. Os táxis estão imundos. Os Uber brilham. Os taxis dão musica pimba. Os Uber oferecem jazz. Os táxis são passado. A Uber é o futuro. Os táxis são caros. A Uber é barata. Desculpem, mas não acredito. A discussão taxis versus Uber, não se pode colocar sobre estereótipos. Nem sobre preços. Vejo, à minha volta, uma quase unanimidade de gente a apoiar a Uber. E, no entanto, a UBER não existe. É só uma aplicação, detida por empresas multinacionais de capitais de risco. Dessas, que se gosta de apontar o dedo. O que temos, depois, são motoristas “freelance”, sem qualquer tipo de regulamentação.
É mais barato? Poderá ser. Mas o tabaco de contrabando também é e não vejo ninguém a defender que é assim que deve ser. A Uber deve ter regras, como qualquer outra actividade. Deve ter motoristas com formação, seguros adequados, pagar licenças, pagar impostos. As empresas devem concorrer, num quadro de igualdade. E isso, não tem acontecido. O que tem acontecido é um setor que tem regras e obrigações, ameaçado por um novo negócio que não tem regras nenhumas. Se os taxistas perderem o emprego, ficam sem vida de gente. Se a Uber falhar, a Goldman Sachs investe noutro negócio qualquer.