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Abriu uma pastelaria nova, daquelas disfarçadas de bolo de noiva. Preparava-me para ir espreitar os pastéis, quando dei de caras com um porteiro. Sim, a pastelaria tem um porteiro, um tapete vermelho e um cordão dourado. "Vai ter que aguardar", diz-me ele. Sorrio e agradeço: "Não vou, não". E ele: "Não vai?". E eu: "Para espreitar os bolos? Não!" Mas o porteiro insistiu que "Isto é um conceito" e "uma experiência" e mais não-sei-quê, com palavras estrangeiras, que vêm em livros de marketing ou de autoajuda. Já nem sei. Resolvi devolver a erudição e citar um autor estrangeiro - Hermann von Krippahl - que a maioria das pessoas conhece como Herman José: "Eu é mais bolos". E segui em frente. Experiências... a esta hora...
Limpar o congelador. A Sierra Nevada dos pobres.
O governo português fez voz grossa e os espanhóis fizeram marcha-atrás: já não vão exigir um teste negativo ou um comprovativo de vacinação, a quem cruzar a fronteira terrestre. A tremer, estão já os ingleses, com o Britgreen - processo que obriga a recolocar Portugal na lista verde. "In between", ainda revemos o tratado de Methuen.
"Que nação queremos ser?", pergunta a jornalista no artigo. "Uma startup nation? Uma green nation? Ou uma innovative nation?” Uma nação, respondo eu, é isso que queremos ser. Eu sei que o conceito provoca comichão. Porque o nacionalismo volta a assustar. Porque o conceito tem vindo a mudar. Porque diferentes etnias ou religiões convivem, cada vez mais, numa nação. Mas há uma base comum: território, tradições, valores ou língua.