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Palavra do ano: "guerra"

por Miguel Bastos, em 05.01.23

"Guerra" é a Palavra do Ano, de 2022. Numa altura de abundância de palavras (ditas, escritas, gritadas, escarrapachadas), em que se usa e abusa das palavras, escolher uma palavra - uma só - por ano, soa a tarefa hercúlea. Quando a iniciativa da Porto Editora começou, perguntei-me se fazia sentido elaborar um "top" de palavras, submetê-las a votação e eleger uma só palavra. Porque a escolha pode refletir, apenas, a espuma dos dias. Mas, também é verdade que pode servir de barómetro, que ajuda a perceber os assuntos que mais preocupam os portugueses. No ano de 2022, marcado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, a palavra escolhida foi "guerra". As palavras relacionadas com a Covid-19, que tinham dominado os dois últimos anos (no ano passado foi "vacina"), desapareceram. Se passarmos por 2017, ano dos grandes incêndios, a palavra do ano foi, precisamente, "incêndios". Em 2011, o ano da chegada da troika, a palavra escolhida foi "austeridade". Uma palavra - uma só - pode dizer muitas coisas. Pode dizer muito.

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A crise

por Miguel Bastos, em 15.09.18

crise lehman.jpg

Os jornais lembram-nos, hoje, que a crise começou há 10 anos. Eu sei, parece que foi ontem! As crises são como as crianças: crescem tão depressa que perdemos a noção do tempo.

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A outra face de Moedas

por Miguel Bastos, em 29.02.16

carlos moedas.jpg

Carlos Moedas deu hoje uma entrevista, muito interessante, no Público. Moedas mostra que é mais do que um tecnocrata. É um político, consciente de que a "política é cada vez mais técnica e a técnica e cada vez mais política". Pode parecer uma banalidade, mas não é. Um dos problema da política na Europa, é que, nos últimos anos, tem sido protagonizada por quem faz "apenas" uma coisa ou outra. 

 

Outro tiro certeiro de Moedas: o populismo. Diz Moedas: "Muitas vezes os diagnósticos dos populistas como o Nigel Farage (UKIP) e Marine Le Pen (Frente Nacional) põem o dedo na ferida, mas depois não sabem curar a ferida ou então a cura que tem é cortar a mão". A leitura é muito interessante. É que, muitas vezes - à esquerda e à direita - perde-se demasiado tempo a negar a ferida ou, mesmo, o dedo. E isso, é abrir o caminho para os demagogos.

 

Para a generalidade dos portugueses Moedas sempre foi um tecnocrata. Um bom aluno que aplicava as regras da troika e fazia as contas: sem questionar, nem pestanejar. Até o nome ajudava: Moedas. O comissário europeu mostra que é um político. É a outra face de Moedas.

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