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A mocidade

por Miguel Bastos, em 14.02.22

zita.jpg

Vejam lá, como ela é moderna! Que nem precisa "de ver a RTP, a SIC, porque, com o Twitter, ficamos a par do que se está a passar, e com mais rigor do que quando é filtrado por alguém". Portanto, Zita Seabra só lê coisas à roda dos 140 carateres, mas gosta do expor o ego ao Sol, em 6 longas páginas. Um ego fresco e jovem, que anuncia a morte do PCP, do PSD e do CDS. E que exaspera com um Portugal envelhecido, que parece um museu. Zita sabe do que fala, porque ela também já foi muito velha. Lembro-me dela, em comícios e debates, com o seu ar de professora de liceu, de saquinho de cabedal a tiracolo, a apontar o dedo a jovens reformistas, como Mário Soares e Cavaco Silva. Mas, entretanto, Cavaco deu-lhe a mão e Zita aproveitou para fazer um "reset". E, depois, um "restyling" completo, com muito liberalismo e Vox e Chega e Salvini e os tweets de Donald Trump. Que bonita, a mocidade Zita!

Pode ler a entrevista aqui, ou na imagem

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Obviamente, demita-se

por Miguel Bastos, em 08.02.22

andre silva.jpg

Depois do artigo no Público, André Silva, na SIC, insistiu nas críticas a Inês Sousa Real:
 - "deve demitir-se"
 - "comportou-se como afilhada do PS"
 - "teve uma postura errática"
 - “total falta de noção”
E à atual situação do partido:
 - "rumo desastroso"
 - "situação deplorável"
 - "puseram o partido na lama"
Garante, no entanto, que não quer voltar à liderança, mas quer um congresso e tem um argumento de peso: “até o Chega o fez”.
Convenhamos, para um antigo líder de partido que é todo "pessoas" e "animais" e "natureza", André Silva tem um "killer instinct" surpreendente. Podia (devia?) voltar a liderar um partido. E nem estou a pensar no PAN, estou a pensar noutro partidos onde a qualidade é mais apreciada e há vagas para grande chefe.

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Expresso

por Miguel Bastos, em 07.01.22

expresso.jpg

Ler o jornal devia ser isso mesmo: ler o jornal. Um ato banal, corriqueiro, quotidiano. Será, ainda, um direito e um dever. Mas, hoje, ler o jornal - este, em particular - pode ser, também, um ato de solidariedade e luta. Que não se esgote no dia de hoje.

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Pedras na calçada

por Miguel Bastos, em 05.01.21

vitorino ventura.jpg

A dada altura, deixei de ver telenovelas. Mas lia os resumos, nos jornais. Assim, não perdia tempo, nem uma pitada da história, nem uma conversa com a vizinhança. Acho que se devia fazer o mesmo com os debates presidenciais. Com três debates numa noite, é impossível acompanhar todas as peripécias. Ontem, por exemplo, assisti aos debates entre Marcelo Rebelo de Sousa e João Ferreira e entre Marisa Matias e Ana Gomes, acabando, depois, por descobrir que o debate da noite tinha sido entre Vitorino Silva e André Ventura. Os debates deviam ser gravados, como as novelas. Assim, eu lia os resumos, nos jornais, e optava pela melhor trama. E as televisões podiam fazer boas promoções com imagens emotivas e canções de ir às lágrimas. Conseguem imaginar o impacto da promoção do debate entre Vitorino Silva e André Ventura ao som das "Pedras na calçada", de Paulo Gonzo?

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O coração de Marcelo

por Miguel Bastos, em 11.10.19

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Marcelo Rebelo de Sousa tem um problema, que pode condicionar uma recandidatura à Presidência. Escolheu um programa de entretenimento, de Daniel Oliveira, para fazer esta revelação. Se calhar, a escolha faz sentido. O Presidente da República tem um problema no coração.

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Dizer Chega

por Miguel Bastos, em 10.10.19

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Luís Montenegro foi à SIC defender que "é preciso dizer Chega", que "é preciso dizer Basta"! Terá escolhido as palavras à ventura ou foi de propósito?

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Arrumar as botas

por Miguel Bastos, em 30.05.19

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“Estou longe de arrumar as botas”, diz Jerónimo de Sousa, à SIC. Não sei como é que Jerónimo é com sapatos e sapatilhas. Mas, se fosse mais novo, poderia ser meu filho.

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Geometria euclidiana

por Miguel Bastos, em 08.02.19

circulatura.jpg

A Quadratura do Círculo, da SIC, mudou de canal e de nome. Agora, chama-se a Circulatura do Quadrado. Espero que fique na TVI. Senão, ainda vamos ter "A duplicação do cubo", na RTP. Ou "A trissecção do ângulo", no Porto Canal. Eu sei que a geometria é um assunto mais sexy do que a política. Mas o nome do programa é um bocado obtuso. Que é um ângulo maior que 90° e menor que 180°. (Fotografia da Presidência da República)

 

 

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A minha vida dava um filme

por Miguel Bastos, em 07.09.18

luis_costa_ribas.png

Chamou-lhe “Uma vida em Direto", mas podia ter-lhe chamado “A minha vida dava um filme". Com quase 40 anos de jornalismo, Luís Costa Ribas escreveu um livro sobre as suas aventuras no jornalismo. A partir da sua base nos Estados Unidos, esteve sempre onde devia. Lá, de onde todos saiam: fosse em Angola, em Moçambique, no Haiti ou em Israel.
 
O livro ajuda a perceber a mudança da política americana relativamente a Angola ou a Timor. As virtudes e defeitos dos Estados Unidos. As mudanças políticas internas que conduziram à eleição de Donald Trump e ao actual estado do mundo.
 
Na ânsia de querer resumir um vida cheia e, eventualmente, a não querer maçar os leitores, alguns “episódios” (como o autor lhes chama) são, apenas, enunciados. Fica um sabor a pouco. Mas percebe-se. Pensando bem, a vida de Luís não dava só um filme. Dava uma série, com várias temporadas e “episódios”. Daquelas que nos agarram que nos colam ao sofá, semanas a fio, mas que nos impedem de ler livros como este.

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Não pesco nada

por Miguel Bastos, em 16.12.15

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“Não pesco nada”, pensei. Os noticiários apontavam para resultados diferentes nas negociações em Bruxelas: “Portugal aumenta as quotas de pesca para 2016” (Antena 1); “Portugal sofreu cortes nas quotas de pesca de espécies como o bacalhau” (Primeiro Jornal - SIC ). Afinal, em que é que ficamos?

 

Com mais atenção, verifico que, depois, as notícias vão dar à mesma coisa: Portugal perde capacidade de pescar bacalhau ou pescada, ganha em peixes como o biqueirão ou o lagostim. Qual é a questão, afinal? A questão está no enfoque.

 

Isto vem-nos lembrar que a notícia nunca é “a” realidade. É sempre uma construção. Na Antena 1, valorizou-se o volume das quotas, o que veio contrariar as expectativas. Na SIC, valorizou-se a perda de quotas nas espécies mais consumidas, apenas atenuada pelo aumento das quotas de espécies de menor consumo. Já agora, os noticiários foram editados por dois jornalistas, irmãos, que olharam para a mesma coisa, de formas diferentes. Nuno Rodrigues (Antena 1) viu o copo meio cheio. Bento Rodrigues (SIC) o copo meio vazio.

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