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Está tudo doido?

por Miguel Bastos, em 16.12.22

caminho.jpg 

À semelhança de milhares de portugueses, também eu fui levantando os olhos em direção aos ecrãs de televisão. Presumo, no entanto, que, enquanto muitos procuravam imagens de Mourinho, eu procurei Santana Lopes. Lembram-se? Eu vou recordar. Há uns anos, Santana Lopes foi à televisão, falar do futuro do país e do PSD, mas foi interrompido para um direto. Mourinho estaria a chegar a Portugal, a bordo de uma aeronave, vindo do planeta Chelsea. Fez-se o direto e voltou-se à entrevista. Quer-se dizer: tentou-se. Porque Santana aproveitou a deixa, para ensaiar uma postura de Estado. "Está tudo doido?", perguntou. E perguntou bem. Enquanto ex-primeiro-ministro, impunha-se essa pedagogia. Eu próprio tentei esquecer-me que, antes de ser primeiro-ministro, Santana foi presidente... do Sporting. E que evitou (sempre e com todas as suas forças!) a mediatização da política. E nunca permitiu que a imprensa cor-de-rosa invadisse o seu coração cor-de-laranja.

Entretanto, o mundo mudou muito. As televisões deixaram de interromper ex-primeiros ministros, porque optaram por transmitir interrupções, ininterruptamente. Olho para os ecrãs e vejo tudo aos quadradinhos (as televisões, agora, têm mais quadradinhos do que a banda desenhada): imagens de comentadores no estúdio, em casa e no carro; imagens dos jornalistas em estúdio e no exterior; imagens do selecionador em ação e a sair de cena; imagens de carros e autocarros e aviões. Muitas, ao mesmo tempo. Sabemos que, na modernidade, o salvador não vem numa manhã de nevoeiro; vem num jato privado. "É assim que o país anda para a frente?", perguntava Santana Lopes. Bem perguntado. Santana, que, entretanto, voltou à Figueira da Foz, devia fazer a pergunta, de novo. Eu acho, sinceramente, que o país anda para a frente. Tem andado: sempre ou quase sempre. O problema é que somos demasiado bons a andar às voltas. E isso, nem sempre ajuda.

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Quecaria

por Miguel Bastos, em 11.10.21

santana cortes.jpg

"Se queriam jogar ténis ou padel", diz Santana na televisão, "tinham de vir para a cidade, p'ro meio da 'quecaria'". Santana justifica a dívida deixada na autarquia da Figueira da Foz, com os investimentos nas freguesias rurais.

"Quecaria" (nem sei se é assim que se escreve!). "Quecaria". Onde é que será que Santana aprendeu a palavra? Não foi, certamente, com os meninos da Lapa (é demasiado cidade). Já sei, só pode ter sido com a "fricalhada" da Quinta da Marinha.

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Ok, Ko

por Miguel Bastos, em 15.01.18

rui rio.jpg

Santana venceu o primeiro debate. Diagnóstico dos comentadores: foi KO.

Rio ganhou as eleições. Diagnóstico não estava OK. 

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Debate Rio/Santana

por Miguel Bastos, em 05.01.18

debate rio santana rtp.jpg

Gostei do debate entre Rio e Santana. Mas, em termos de programação, fazia mais sentido na RTP Memória.

 

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Olhe que não, D. Helena!

por Miguel Bastos, em 25.11.16

marcelo olhe que nao.jpg

A D. Helena era uma crente fervorosa do PSD. Mas afirmava, entre duas vassouradas, que não gostava do Marcelo. Porque não percebia nada do que ele dizia. “Olhe que não, D. Helena!", repetia-lhe eu, "Olhe que não”. Mas ela não cedia. Gostava do Santana, que, ainda por cima, era mais giro. Estávamos, ainda, na ressaca do cavaquismo. Rebelo de Sousa liderava o PSD, mas não o coração das donas helenas. Nessa altura, difundiu-se a ideia que, sendo um intelectual, Marcelo não chegava ao povo.

 

E, de facto, Marcelo chegava, com facilidade, às páginas dos jornais; aos microfones da rádio; aos corredores do poder; às mesas dos pensadores e dos conspiradores. Mas não conseguia “subir ao povo”, como diz o Carlos do Carmo. Isso mudou, claro.

 

Hoje, Marcelo bate recordes de popularidade. O Presidente da República tem uma avaliação positiva de 97% dos inquiridos pela sondagem da Católica (para a Antena 1, a RTP, o JN e DN). A popularidade de Marcelo coincide com uma altura em que se fala de populismo. São coisas bem diferentes. Estou, até, convencido que ser popular pode ser um antídoto contra o populismo.

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CaMarcelo

por Miguel Bastos, em 20.07.15

marcelo tvi.jpg

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a falar sobre presidenciais. Comentou o eventual avanço da socialista Maria de Belém Roseira e do social-democrata Rui Rio. Sobre Maria de Belém, Marcelo entende que a sua candidatura terá espaço, se o PS perder as legislativas. Sobre Rio, considera que vai ser candidato. Mas há outros candidatos que podem avançar: Alberto João Jardim, Pedro Santana Lopes e “não tem ideia do que os outros pensarão”. Há sorrisos na TVI. “Os outros”, são ele próprio. 

 

É o Marcelo do costume. Mas, surpreendentemente, quando José Alberto Carvalho pergunta se a candidatura de Rui Rio condiciona os outros candidatos, Marcelo surpreende com um “não” categórico. O PSD deve deixar apresentar toda a gente, não declarar apoio a ninguém e depois deixar ver (dentro do centro-direita) quem é que tem a possibilidade de vencer as eleições. Olhando para as sondagens, esse candidato é ele próprio. E aqui está, preto no branco, a sua estratégia.

 

O camartelo é usado nas demolições. O comentador é o CaMarcelo da estratégia do PSD.

 

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