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Ontem, escrevi sobre a repetição do Dallas, na RTP. E, depois, dei por mim a pensar numa versão mais contemporânea desta série. Seria uma coisa à volta do abandono do petróleo e a opção pela economia verde. Por exemplo, a Ewing Oil passava a Ewing Wind. No primeiro episódio, podíamos ver os manos Bobby e JR numa luta, mano a mano, para verem quem conseguia ser mais competitivo a descarbonizar o planeta. Enquanto lutavam, o Cliff passava de bicicleta e punha-lhes a língua de fora. Na cena seguinte, percebíamos que tinha ganho uma concessão eólica "offshore", porque tinha obtido informação privilegiada de uma das amantes do JR. Por causa das amantes, o JR - que agora era vegan e deslocava-se de trotinete - continuava a ter uma pegada ecológica muito questionável, pelo consumo exagerado de produtos de latex descartáveis. A Sue Ellen também, porque, entretanto, para largar a bebida, tinha começado a consumir abacate como se não houvesse amanhã, com consequências devastadoras para o ecossistema algarvio. A Pamela mudava de penteado, para deixar de usar produtos com CFC, que dão cabo do ambiente, e, assim como assim, precisava de ter um estilo mais prático que combinasse melhor com a paixão pelo "plogging". Isto depois continuava, claro. Para já, é só uma ideia. Mas, já tenho um nome para a série. Vai-se chamar "Comprallas". Porque isto é gente muito ecológica e tal, mas não dá nada a ninguém.
O Dallas está a dar, de novo, na RTP. Eu gostaria muito de voltar a ver, mas aquilo faz-me mal aos nervos. Portanto, vou precisar da vossa ajuda. Alguém pode avisar a Miss Ellie que o JR é mau como as cobras, por favor? Com jeitinho, que é para a senhora não ter um chilique. Ainda me desata a beber, ou assim ... e para bêbada já nos basta a Sue Ellen. Obrigado.
Agora a série (ui, linguagem inclusiva!). Os modernos estavam tão embrenhados na discussão sobre qual a série mais "cool" da actualidade - "Sucession" ou "Rabo de Peixe" -, que passaram ao lado da série do momento - a série "E". Alerta "spoiler": não vale a pena puxar atrás ou subscrever porque já acabou. Mesmo. (Eu sei que não é comum nas séries). Segue-se a série "F".
Esta série nova - CPI TAP - deve ser boa, porque tem passado em vários canais. Não tenho visto, mas deteto-lhe um defeito. O elenco está a mudar muito. E, isso, dificulta o acompanhamento da história e a ligação aos personagens.
Annie era filha única, do último diretor da PIDE. José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz chamaram-lhe "A filha rebelde". Um exagero, decerto. Annie era, apenas, uma rapariga do seu tempo. Que não gostava assim lá muito dos chefes reacionários de Portugal. E que gostava um bocadinho lá muito dos chefes revolucionários de Cuba. Apaixonou-se, fugazmente, pelo guerrilheiro Che Guevara. Namorou, prolongadamente, com um ministro do Interior chamado Abrantes. Fora isso, tudo como dantes? Não. Porque, entretanto, também houve uma revolução em Portugal. E os filhos da revolução mandaram o pai, Silva Pais, para uma prisão que ele bem conhecia: Peniche. A vida de Annie dava um filme. Dava. Para já, deu um livro (um excelentíssimo livro!) e uma série (que começa, hoje, na RTP).
Depois da tempestade, chega a Bonanza...