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Palavras ditas

por Miguel Bastos, em 18.07.25

miguel bastos latim.jpg 

"Verba volant, scripta manent" pode ser traduzido por "as palavras ditas voam, as palavras escritas mantêm-se". Aprendi a expressão com uns amigos, no liceu. Eles, sim, aprenderam latim. Eu, não, limito-me a gastá-lo.
Achei graça vestir uma camisola, que diz que a palavra escrita é a que tem mais valor, e, depois, trazê-la para a casa da palavra dita.

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Glamour

por Miguel Bastos, em 04.07.25

cocktail.jpg 

Depois de uma jornada, na Antena 3
Um cocktail, ao fim da tarde

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Camisola da rádio

por Miguel Bastos, em 30.06.25

camisola.jpg 

- Gostaste da camisola que te comprei?
- Gostei, claro.
- Com essa onda e tal, pareceu-me tão rádio.
- E é. Obrigado.
- Vais vesti-la?
- Já a vesti.
- A sério? Não sabia se achavas adequada para levar para a rádio.
- Vestir a camisola da rádio, é sempre adequado.

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Duas vidas

por Miguel Bastos, em 15.06.25

António Pinho Vargas.jpg 

"Sabe, eu tive duas vidas", disse-me, recentemente, António Pinho Vargas. Referia-se à sua carreira na música popular (jazz e rock) e, depois, na música erudita. Mas, a verdade é que, também, teve uma segunda vida, depois de uma doença o ter levado a pensar que a sua vida estava a terminar. Mas a vida continuou, felizmente. Continua, aliás. António Pinho Vargas escreveu "Oscuro" - uma obra escrita nesse tempo escuro que, agora, chega a disco.
 

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Fotógrafas amadoras

por Miguel Bastos, em 03.06.25

 

FOTÓGRAFAS AMADORAS.jpg 

Margarida e Mariana tinham quase a mesma idade e partilhavam o mesmo sobrenome: Relvas. A primeira era filha; a segunda foi a segunda mulher de Carlos Relvas - um pioneiro da fotografia em Portugal, na transição do século XIX para o século XX. Ambas aprenderam e fotografaram com Relvas. Mas foi por pouco tempo. Não puderam experimentar os avanços técnicos e estéticos da fotografia que, em poucos anos, deu passos de gigante. Maria da Conceição de Lemos Magalhães, sim, aproveitou: saltou para dentro de um barco, e fotografou as mulheres a lavar o peixe; correu para o comboio para fotografar as paisagens em movimento.
 
Em movimento anda, também, Susana Lourenço Marques: atrás das fotógrafas e das suas histórias, ainda por revelar.
 
Para ouvir, aqui:
 

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/mulheres-pioneiras-da-fotografia-em-exposicao-no-porto_a1659603

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Apagão na rádio

por Miguel Bastos, em 28.05.25

apagao.jpg

"O apagão fez acender um amor, inesperado, à rádio", escrevei há um mês. Nessa altura, lembrei-me de um outro apagão no (fugazmente ressuscitado) Rádio Clube Português. Dessa vez, o apagão chegou com aviso. A zona dos estúdios da Media Capital Rádios iria ficar sem eletricidade, devido a uma intervenção na rede elétrica. O aviso fora comunicado à empresa que detinha, ainda, a Rádio Comercial, a m80, entre outras. Aos microfones do Rádio Clube Português, Aurélio Gomes e Teresa Gonçalves (acho que não me estou a enganar) partilharam a informação com os ouvintes. Iriam fazer emissão, até deixar de ser possível.

O que se ouviu, depois, foi ao apagão da rádio em direto. "A eletricidade acabou de ser cortada. A partir de agora estamos a funcionar, apenas, com o recurso aos geradores da Media Capital". O episódio foi há mais de 15 anos, e não me lembro da sequência. Mas, o que aconteceu foi que os equipamentos foram entrando em falência, uns atrás dos outros: "já não temos internet"; "a rede interna deixou de funcionar"; "perdemos o contacto com a régie"; "ainda temos música", "o sistema de áudio colapsou", "a mesa de mistura, vai-se apagar", "vamos deixar de ter microfones dentro de alguns segundos". Até que chegou o silêncio.

Comentámos - entre nós, na rádio - aquilo que tinha acabado de suceder. Houve quem achasse que a emissão não tinha feito sentido nenhum. Devia-se ter dito, logo, que "a partir das 'x' horas, vamos deixar de ter emissão". Outros acharam brilhante, a ideia de emitir até ao apagão total. Eu era um desses. Sei que muita gente ouviu com a curiosidade de ver o acidente na autoestrada. Mas eu achei muito interessante levar a resistência da rádio, até ao limite. Como aconteceu, há um mês. Desta vez, porém, a minha rádio não se calou.

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112 anos de Helena

por Miguel Bastos, em 26.05.25

HELENA SÁ E COSTA 112 ANOS.jpg112 é número de emergência. Mas, neste caso, é número de permanência. Se fosse viva, Helena Sá e Costa faria 112 anos. Permanece um dos nomes mais importantes da música clássica, em Portugal. Permanece, nas mãos dos pianistas - seus discípulos. Há poucos dias, conversei com um: António Pinho Vargas. Há poucos meses, conversei com outro: Pedro Burmester. Pedro vai tocar esta tarde, com Fausto Neves (outro discípulo), na casa da família. Juntos vão interpretar uma peça para dois pianos, que o pai de Helena escreveu e tocou com a filha. E vão tocar no piano do pai e no piano do avó de Helena. Mais intimidade é difícil.

Para ouvir, aqui:

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/familia-da-pianista-helena-sa-e-costa-da-a-conhecer-sessao-musical-intima_a1657548

 

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Pirilampo

por Miguel Bastos, em 22.05.25

pirilpampo.jpg

O amarelinho tem um amigo novo. Mágico.

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António Pinho Vargas

por Miguel Bastos, em 20.05.25

EU E AP VARGAS.jpg

Esta noite, converso com António Pinho Vargas, no programa Mesa para Dois, da Antena 1. O músico, compositor e pianista, poupa no jantar, para investir na conversa - que passa pelo rock, pelo jazz e pela música clássica.
 
António Pinho Vargas já escreveu óperas e oratórias, peças para solista e para orquestra e conquistou o reconhecimento do meio artístico. Mas continua a ficar emocionado, quando percebe que a sua música é apreciada por um segurança da Fundação Gulbenkian.
 
Para ouvir, esta noite, depois das 8. Ou, aqui:
 

 https://www.rtp.pt/play/p12302/e851219/mesa-para-dois

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João Gobern

por Miguel Bastos, em 15.05.25

gobern.jpg 

Para muita gente, o João Gobern é aquele "gajo gordo do Benfica, que agora é magro". Sim, é esse, o da televisão. Mas não é esse que eu conheço. Para mim, criança com pouco mais de um metro e pouco mais de 20 kg, o João Gobern era um nome com um texto grande e uma foto pequenina na Música e Som e no Se7e. Escrevia sobre os meus heróis da música e entrevistava alguns deles. E, ao fazê-lo, ele próprio tranformava-se num herói. Depois, já adolescente - com o meu corpo a resistir a ganhar peso e altura - continuei a seguir o Gobern: na rádio (Comercial, TSF, Antena 1); nas revistas (Visão, Focus, Sábado), nos jornais (Independente, DN). Há décadas que o João é um produto multimédia.
 
Entretanto, os meus olhos ganharam idade e miopia e passei ver o João no trabalho: no meu, no nosso. Escrevo este texto, com o João (de herói a "boy next door") a trabalhar num estúdio a dois metros de mim e a espreitar o novo livro do Gobern, que o João deixou na minha secretária. Chama-se "Tira o Disco e Toca ao Vivo" - uma variação sobre a expressão "Vira o disco e toca o mesmo". Fala sobre a indústria musical em Portugal, onde (à semelhança do resto do mundo) o disco tornou-se um objeto raro, usado para abrir portas ao mercado da música ao vivo. Ainda não li - o livro caiu-me agora no colo - mas já estou a gostar. Desde logo, pelo tema; depois, pelo nome dos capítulos (são nomes de canções portuguesas) e, finalmente, pela dedicatória que me fez: "Para o Miguel, com quem tenho o prazer de trocar umas bolas sobre (mais) esta paixão que nos aproxima - a da música."
 
Obrigado, João. Devia retribuir, mas não escrevi nenhum livro para a troca. Se calhar, devia-te comprar uma capa - daquelas, de super-herói.

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