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- Foste trocar de roupa, papá?
- Sim, fui vestir uma camisa.
- Porque hoje é um dia especial, não é papá?
- É, filho.
- Para estarmos bonitos, não é?
- Exatamente.
- E tu estás muito bonito.
- Obrigado, filho.
- Estás de pijama, papá?
Vamos lá, celebrar o solstício? Sim? Boa, tragam um impermeável e um casaquinho, que a noite vai ser fresca. Ahhhhh... o verão!
A aproveitar o sol, para tratar da roupas dos indígenas, enquanto ouço bons programas de rádio. Claro que, se fosse um serviço público a sério, punham uns tipos a ajudar na lida da casa. Aposto que a BBC nos vem dobrar as meias. Mas, enfim, é o país que temos.
Não gosto de pessoas que vêm para aqui lavar roupa suja. Mas, enfim, eu ando com a autoestima em baixo.
Esta moda dos homens andarem, por aí, de licra é deprimente. Espero que percebam: as camisolinhas, que vincam a protuberância abdominal, e os calçõezitos, que vincam a protuberância infra-abdominal, são peças de roupa muito, muito feias. Metam isto na cabeça, de uma vez por todas: o "maillot" pode ser bonito, para as meninas dançarem "O Lago do Cisnes"; mas não é bonito para os latagões de meia-idade pedalarem na marginal. Dito isto, se um dia destes me virem a andar, por aí, vestido de licra, podem ter a certeza: não sou eu.
Está um dia tão soalheiro, que resolvi pôr uma roupa no Stendhal.
Aprendi, com os mestres da autoajuda, que o confinamento deve ser encarado como uma oportunidade para olharmos para dentro de nós. Segui o conselho dos mestres. Olhei, com atenção. Descobri que tenho falta de roupa interior.