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A coisa foi feia, com mortes que só podiam ser crimes e que estavam a minar a igreja, por dentro. Era preciso resolver o assunto. E foi, por isso, que chamaram William de Baskerville, que resolveu o mistério. A tragédia radicava, afinal, na comédia. O riso, defendeu o velho Jorge de Burgos - guardião da biblioteca e da moral - cria dúvidas e afasta o medo. E sem medo, não há temor a Deus. E sem temor a Deus, não há crença, nem religião.
Umberto Eco escreveu "O nome da Rosa", há 40 anos. Esta manhã, o Papa Francisco chamou humoristas de todo o mundo. Para lhes dizer que "quando vocês fazem alguém sorrir, Deus também sorri". Sem medo.
Submissa - adj. - pessoa que não sabe da missa a metade.
"Vejam, era aqui que elas guardavam as 'samsonites'", disse, apontando para o pequeno espaço, junto ao catre. Estávamos dentro de uma cela, num antigo mosteiro, na américa latina. Vitória, com o seu ar de tia, revelava-se uma excelente camarada de viagem e era dotada de um surpreendente sentido de humor: "A julgar pelo espaço, não traziam muita bagagem, coitadas!" Dedicámos alguns minutos (poucos, que o tempo em viagem voa, ainda, mais rápido) a imaginar a vida daquelas religiosas. O que levaria alguém a deixar tudo, para se dedicar a uma vida de clausura, ali, longe de tudo e de todos? Que vida teriam tido aquelas mulheres até aí? E que vida passaram a ter? Teriam, todas, o mesmo tipo de motivações? Ou foram parar ao mesmo local, por diferentes motivações? Questões parecidas terão estado na origem desta reportagem sobre um conjunto de monjas, que deixaram Itália para uma vida nova, na Aldeia de Palaçoulo, em Trás-os-Montes.
https://www.rtp.pt/noticias/pais/grande-reportagem-antena-1-a-fe-do-silencio_a1309846
"Vê lá se a Páscoa te sai à segunda-feira", costumava dizer o meu pai. A frase podia ser dita em tom de aviso, de ameaça, ou, apenas, em tom de brincadeira. "Nesta família, a Páscoa é sempre à segunda feira", costumávamos responder. E era verdade. Na Páscoa, mudávamo-nos para a aldeia, visitávamos todas as casas de todos os tios, ajudávamos a preparar tudo para a visita pascal, estreávamos roupas novas. Havia salas que se abriam uma vez por ano: para esse dia, para esse momento. Na mesa, as melhores toalhas recebiam gasosas e laranjadas, vinho do Porto e "Martini", pratinhos de queijos e enchidos, pão e folares, amêndoas e biscoitos. Nunca havia tempo para provar tudo, porque, entretanto, mudávamos para outra casa, que tinha coisas parecidas, e depois para outra e depois para outra. Esse dia, era segunda. Por mais avisos e ameaçadas que o meu pai nos fizesse, a Páscoa era sempre à segunda-feira.
A Páscoa está a chegar. Credo! Está na altura de limpar os cristais, as porcelanas inglesas e as pratas de família. Que trabalheira! Depois, penso: "não tenho cristais, nem porcelanas, nem pratas de família" e fico contente. Veem? E ainda dizem que não há alegria na pobreza...
Sai do Sporting. Entra para o Al-Hilal. Vai ser divertido ver milhares de árabes a pedir a vitória de Jesus.
Primeiro, Deus criou o homem. Depois, Deus criou a mulher. De seguida, o homem bateu na mulher, com uma moca de pregos. Na falta de Deus, um outro homem citou o livro de Deus. É juiz. Os outros juízes receiam que tenha prejudicado a sua carreira. Espero que não. Antevia-se uma bela carreira, no Tribunal do Santo Ofício.