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Arménia

por Miguel Bastos, em 16.11.25

Portugal está a jogar com a Arménia. Custa-me dizer isto: Arménia. Sem mais nada, sem um “dona” antes.
Arménia não é nome de seleção. É nome de tia da França.

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Thai Chi

por Miguel Bastos, em 14.11.25

laurie.jpg 

Foi o encore mais original de sempre. Laurie Anderson entra em palco, para uma citação budista e uma aula de Tai Chi. Lou Reed, lembra Laurie, era um fervoroso praticante daquela arte marcial. De tal forma que, na China, era mais conhecido como praticante de Tai Chi, do que como músico. A plateia sorriu, antes de acompanhar a aula de Tai Chi, de Laurie. Aos 78 anos, a artista realizou movimentos elegantes e precisos, no palco; com o público (atabalhoado) a tentar seguir os movimentos, na plateia - chocando mãos, braços e ombros.

Laurie já tinha evocado Lou, passou por "Big Science" e, até, cantou "Beautiful Red Dress": uma canção tão pop, tão pop, que, na altura, colocou a artista - geralmente acompanhada de etiquetas a dizer "avantgarde", "pós-coiso", e "ciber-cena" - a dançar na MTV. E, agora, a dançar, também, no Rivoli. Não se pense, contudo, que foi uma viagem nostálgica ao passado futurista. Laurie tem um olhar no presente - atento, empático, acutilante. Fala do avó sueco, para abordar o tema dos migrantes e dos refugiados. Fala de Nova Iorque, para dizer que as cidades são um posto avançado no combate ao nacionalismo. Fala de Trump, para falar de Mamdani. Fala do mestre budista, para dizer que é preciso estar atento ao mundo e lutar - com consciência - mas sem entrar em depressão. Isto, numa noite em que depressão Cláudia insistiu em descarregar água sobre os manifestantes. Mas estes seguiram estrada fora, serenos, depois de uma aula de Thai Chi.

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Postal de Natal

por Miguel Bastos, em 13.11.25

postal de natal.jpg

Esta madrugada, ao chegar à rádio, deparei-me com este postal de Natal.
Um postal para me reconfortar, nos dias em que tenho que me levantar à hora a que muitos se deitam.

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Laurie Anderson

por Miguel Bastos, em 12.11.25

laura.png 

Quando Laurie Anderson conheceu Lou Reed, estranhou que ele não tivesse pronúncia britânica. "Porque é que haveria de ter?", terá perguntado Lou. Laurie estava convencida que os Velvet Underground eram britânicos e ficou surpreendida ao saber que Lou Reed era de Nova Iorque, que vivia em Nova Iorque, e que os dois eram quase vizinhos.
 
Como se costuma dizer (em Portugal, não sei como é que é lá, em Nova Iorque!), "palavra puxa palavra e casaram". E foram felizes para sempre. Pelo menos, até Lou ter morrido. Laurie está em Portugal: hoje e amanhã, no Porto.
 

Os dois juntos, aqui: https://www.youtube.com/watch?v=t3SYR-ENPMM

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Um jovem de 80 anos

por Miguel Bastos, em 11.11.25

neil young.jpg 

Neil Young faz 80 anos e eu regresso aos anos 80. Enfeitiçado, ainda, pelo álbum "Harvest", arrisquei trazer "Rust Never Sleeps" para casa. Ouvi o lado A: lá estava o trovador folk, a voz cristalina, a guitarra acústica, a harmónica. O tom intimista continuava no lado b, mas, agora, com guitarra elétrica, baixo e bateria. Na segunda música, levantei o braço do gira-discos para soprar o lixo na agulha; na terceira, a minha irmã saiu do quarto a gritar "tira essa porcaria dos Ramones"; na quarta não tive duvidas - o disco estava sujo ou estragado. Não estava. O Neil Young é que tinha um som sujo, distorcido, que não lhe imaginara. Ainda, hoje, não é o Neil Young que eu mais gosto. Mas o certo é que, quando o Pedro veio com os Jesus and The Mary Chain debaixo do braço a dizer "aposto que nunca ouviste este tipo de guitarras, cheias de distorção", eu pude responder - com aquela arrogância que os adolescentes adoram exibir - "o Neil Young já faz isso, há montes de anos" e emprestei-lhe o "Rust Never Sleeps".
 
Ao longo da semana, na Antena 1, o João Gobern vai evocar a carreira de Neil Young. Começa, precisamente, nos anos 80 - com folk, rock, rockabilly, eletrónica, country - para alertar que Neil Young não é, apenas, um cantor folk. É um artista de variedades. Continua Young, apesar dos 80. 
 
Para ouvir, aqui:

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Piroclasto

por Miguel Bastos, em 07.11.25

IMG_4655.jpeg 
- … e então o professor começou a falar de vulcões: como é que eles se formam, quando é que entram em erupção, como é que se chamam as coisas que saem de dentro do vulcão…
- Que interessante.
- Mas, entretanto, desatou-se tudo a rir.
- Ai sim, porquê?
- Por causa do nome: “piroclasto”.
- O que é que tem?
- Não sei. Faz pensar noutras coisas: pi-ro-clasto.
- Ahh…
- Tenho fome.
- Vamos lanchar?
- Sim. Ó pai, quando é que tu e a mamã pensaram em ter outro filho?
- Queres, portanto, que eu te fale do meu piroclasto?
- Esquece, pai. Já me arrependi de ter feito a pergunta.

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Por Dentro do Chega

por Miguel Bastos, em 06.11.25

 

IMG_2745.jpeg 

Por fora do Chega, vê-se um partido unido em torno do seu líder - contra tudo e contra todos.
"Por dentro do Chega", lê-se um partido profundamente dividido - com todos contra todos.

Escreve o autor: “Chamar ao Chega partido fascista ou de extrema-direita contém alguma verdade, mas está longe de ser toda a verdade”. Para compreender melhor o Chega, o jornalista Miguel Carvalho mergulhou, a fundo, no caldeirão político e social onde o partido germinou e estudou, a fundo, as pessoas e os movimentos que estão na sua fundação e implementação. Podemos, assim, perceber melhor como é que tantas pessoas, com ideias e práticas tão diferentes, se juntam no mesmo partido - mas, também, porque é que se separam.

O livro está dividido em quatro partes: Deus, Pátria, Família e Trabalho. André Ventura foi buscar as três primeiras palavras ao salazarismo e acrescentou uma quarta - Trabalho. Talvez porque, como Miguel Carvalho descreve no livro, o Trabalho - e, sobretudo, a falta dele - desempenha um papel importantes entre apoiantes, militantes e dirigentes do Chega.

Para compreender o Chega (e “compreender” não significa justificar, muito menos concordar), Miguel Carvalho aproveitou o conhecimento que já tinha da extrema-direita e do populismo, para se lançar à estrada e partilhar “horas e dias” com muitos que o insultaram e ameaçaram, mas que acabaram por lhe confiar “documentos e revelações”. Escreve o autor: “Talvez porque, independentemente de todas as diferenças e propósitos, foi possível definir um local de encontro civilizado”. Parece pouco, mas, nos dias que correm, apetece-me exclamar: “Parece impossível!”

Obrigado, Miguel, e parabéns!


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O Coliseu é Nosso

por Miguel Bastos, em 30.10.25

TODOS PELO COLISEU.jpg 

Há 30 anos, o Coliseu foi vendido.
Há 30 anos, o povo saiu à rua.
Primeiro, encheu o Coliseu, por fora.
Depois, encheu o Coliseu, por dentro.
Gritou-se "O Coliseu é Nosso", antes de o ser.
E, depois, foi. Passaram 30 anos. Continua a ser.
Para ouvir, aqui:

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/o-coliseu-e-nosso-protesto-do-porto-faz-30-anos_n1694832

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Chuva?

por Miguel Bastos, em 29.10.25

chuva.jpg 

Esta manhã, a rádio alertou-me para a chuva. Abri a pestana e olhei para o telemóvel: só chove depois das 10. Abri a persiana e pareceu-me ver chuva. De resto, não fui o único. Vi pessoas, na rua, a passar de guarda-chuva. Saí para rua, antes das 10. Pareceu-me, mesmo, que estava a chover. Mas, resisti. Eu não sou pessoa para me deixar enganar por perceções.

 

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Borbulha

por Miguel Bastos, em 28.10.25

- O que é isso, pai?
- O quê?
- Tens uma borbulha no nariz!
- É a adolescência, a chegar.
- Oh, pai, tu tens mais de 50 anos!
- Mas ninguém me dá mais de 20.
- Achas!?
- Então? Com borbulhas e tudo... Estou cada vez mais novo!

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