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Dia estranho

por Miguel Bastos, em 03.01.23

ceu.jpg

Hoje, está a ser um dia estranho: ainda não choveu... ainda não saiu ninguém do governo...

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A democracia

por Miguel Bastos, em 29.12.22

pns.jpg 

Há uns anos, uma jornalista muito habituada a ser notícia queixava-se - em direto, na televisão - de ser alvo de censura e de haver falta de liberdade de expressão, em Portugal. Apresentou argumentos, vitimizou-se, apontou o dedo a vários políticos, atacou. Um comentador, em estúdio, discordou. Se havia censura, como é que a jornalista estava a ter tantos minutos de "tempo de antena", num jornal televisivo, em horário nobre? É preciso usar as palavras, com cuidado. A democracia faz-se com palavras. Que as palavras sejam usadas: para elogiar, para criticar. E, "com cuidado" não significa "com cuidadinho". Significa ter algum rigor na sua utilização. Ser alvo de censura e falar em direto no telejornal das oito é uma contradição evidente.
 
Os acontecimentos políticos, dos últimos dias, trouxeram os discursos populistas da praxe, com críticas à democracia e alusões, mais veladas ou mais explicitas, a outras formas de regime. Ora, o que está a acontecer é a democracia: com os seus defeitos, com as suas virtudes. Uma secretária de Estado tinha saído da administração da TAP, com uma indeminização que chocou a generalidade das pessoas. O presidente da República fez perguntas e declarações públicas. A oposição pediu responsabilidades e a cabeça de responsáveis. As demissões sucederam-se. Os partidos multiplicam-se em declarações e iniciativas, entre elas, uma moção de censura e o pedido de eleições antecipadas.
 
Os portugueses podem e devem criticar o governo: este governo, qualquer governo. É isso, a democracia. Felisberto Desgraçado, personagem inventado por Herman José, defendeu que “A democracia foi feita para ter um único partido. Se Deus quisesse que a gente tivesse mais partidos tinha-nos feito aos bocados”. Winston Churchill afirmou que "A democracia é o pior dos sistemas, com exceção de todos os outros.” Desculpa, Desgraçado, mas vou pelo segundo.
 
[Fotografia: António Cotrim/LUSA]

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Aeroporto

por Miguel Bastos, em 23.09.22

E, aí, está ele: o aeroporto, de novo. O primeiro-ministro e o presidente do PSD estão de acordo. Viva, viva! Sabem o que é que vão fazer? Adivinharam. Uma comissão técnica (uau!), para avaliar as diferentes localizações possíveis para o futuro aeroporto (pumba!). Ora aí está uma ideia arrojada. Mais disruptiva só uma coisa tipo "Pim, pam, pum". Mais "fora da caixa" só uma cena tipo "Um, dó li, tá".

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O normal

por Miguel Bastos, em 30.06.22

pedro nuno santos.jpg

Claro que há um dado novo: o primeiro-ministro trava a decisão sobre o novo aeroporto, anunciada pelo ministro da tutela.
Quanto ao resto - a discussão do aeroporto tem 50 anos, com apresentações, contestações, localizações e demissões - nem por isso.
Lembram-se do novo normal? Não vai acontecer. Temos o normal, de novo. [Fotografia: Tiago Petinga/LUSA]

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As reformas

por Miguel Bastos, em 11.04.22

De acordo com Cavaco Silva, António Costa terá "um grau de coragem política muito baixo". Esta manhã, Cavaco assina duas página de coragem, no Público, para concluir que "não se detetam sinais de um ímpeto reformista" no atual programa de governo.



Sejamos justos, as reformas foram sempre uma marca política de Cavaco Silva. Tanto que, quando teve que optar entre o salário de presidente da República e as reformas, optou, corajosamente, pelas reformas.

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Do contra

por Miguel Bastos, em 07.04.22

Esta tarde, o governo vai apresentar o programa do governo. O Chega já anunciou que vai votar contra o programa do governo. O Livre acaba de anunciar que vai votar contra o voto contra do Chega. Não se sabe, ainda, se alguém vai votar contra o voto contra, do voto contra.


 

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Dois melómanos

por Miguel Bastos, em 24.03.22
pedro adão e silva.jpg
- Se bem percebi, vai ver os Divine Comedy.
- Vou, hoje à noite.
- Eu vou vê-los amanhã, em Lisboa.
- "Vê-lo". Vai ser um concerto de voz e piano.
- Ai, sim? Não sabia. O que é que achou dos últimos discos?
- Menos bons.
- Para mim, o "Victory For The Comic Muse" foi uma deceção.
- Também achei. Mesmo assim, tem o ...
- "A Lady Of A Certain Age"
- Exato, uma obra-prima.
- Isto, hoje, foi um bocado chato. Não achou?
- Um bocadinho técnico, mas...
- Mas já valeu a pena, para falar um bocadinho de música.
Dois melómanos, à conversa. Um deles, acaba de ser nomeado ministro da Cultura.
 
Canção aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7e7tWw00FoM

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Obviamente, demita-se

por Miguel Bastos, em 08.02.22

andre silva.jpg

Depois do artigo no Público, André Silva, na SIC, insistiu nas críticas a Inês Sousa Real:
 - "deve demitir-se"
 - "comportou-se como afilhada do PS"
 - "teve uma postura errática"
 - “total falta de noção”
E à atual situação do partido:
 - "rumo desastroso"
 - "situação deplorável"
 - "puseram o partido na lama"
Garante, no entanto, que não quer voltar à liderança, mas quer um congresso e tem um argumento de peso: “até o Chega o fez”.
Convenhamos, para um antigo líder de partido que é todo "pessoas" e "animais" e "natureza", André Silva tem um "killer instinct" surpreendente. Podia (devia?) voltar a liderar um partido. E nem estou a pensar no PAN, estou a pensar noutro partidos onde a qualidade é mais apreciada e há vagas para grande chefe.

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