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O primeiro-ministro defende que
cada órgão deve atuar no momento próprio.
O presidente da República entende que
cada órgão escolhe o momento de atuar.
Eu, cliente de casamentos, considero que
às vezes, o homem do orgão é muito irritante.
Ganhar o tesouro, perder a secretaria.
Estávamos todos preparados para a febre de sábado à noite, quando a notícia chegou: Paulo Raimundo vai ser o novo secretário-geral do PCP. Um segredo de polichinelo. Já todos sabíamos que ia ser o Paulo. Todos - exceto meia dúzia de jornalistas, comentadores, políticos (em geral) e militantes do PCP (em particular) que tiveram de ir ao Google.
Hoje, é Dia da Restauração da Independência de Portugal. Esta manhã, houve uma cerimónia com o presidente da República e o primeiro-ministro. Foi curta e sem discursos. Contávamos com a celebração de 1640. Comemorámos 1600 e quarentena.
[Foto: LUSA]
Um banqueiro foge para o estrangeiro. A seguir, manda avisar que só regressa se tiver um indulto presidencial. O presidente responde que o prazo, para fazer o pedido, já passou. É como na charcutaria. Geralmente, são 3 números.
Desculpem o "politiquês" e o "juridiquês", mas, em situações de grande complexidade, é inevitável recorrer a uma linguagem mais técnica: "Em Portugal o Presidente tem um poder do caraças". António Franco, antigo Chefe da Casa Civil do Presidente Jorge Sampaio.
[José Pedro Castanheira (2017), Jorge Sampaio, Uma Biografia, ıı volume - O Presidente, pag. 701]
Por estes dias, trocam-se acusações entre a esquerda e a direita; entre os vários partidos de esquerda; e entre os militantes dos partidos da direita, que vão para eleições internas. Portugal vai para eleições porque, supostamente, precisa de uma clarificação. Antes da clarificação, porém, as coisas vão ficando mais negras.
Vamos lá ver: isto da chefia do Estado-Maior da Armada não tem nada que saber. Havia um "desentendimento" entre o governo e o atual chefe do Estado-Maior. Para ultrapassar esse "desentendimento", chegou-se a um "acordo" entre o governo e o presidente da República. Como, entretanto, deram-se uns "equívocos", o presidente chamou o governo a Belém e ficou tudo "esclarecido". Concordemos: mais claro do que isto, é difícil.
[Foto: Tiago Petinga/Lusa]