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A "silly season" é injustamente desvalorizada. Escrito, há dois anos:
Mais velho - Mas, afinal, como é que é essa praia do Meco?
Pai - Oh filho, é uma praia igual às outras. Tem, apenas, uma diferença...
Mais velho - Qual?
Pai - É conhecida por ser uma praia de nudistas.
Mais velho - Como assim?
Pai - As pessoas não usam roupa. Portanto, quando chegarmos, vamos ter que tirar os calções.
Mais velho - Ai não vou, não!
Mais novo - Eu tiro! Eu tiro!
Mais velho - Estás maluco, ou quê?
Mais novo - Tu é que estás. Nem penses que nos vais estragar as férias, por causa das tuas vergonhinhas!
A partir de amanhã, vai estar tão bom tempo, tão bom tempo, que já há avisos de "Cuidado com os agueiros", "Evite sardinhadas junto a espaços florestais" ou "Sr. Eduardo vista a camisola, por favor, para disfarçar a barriga". Vai estar tão bom tempo, dizia eu, tão bom tempo, que dei por mim a fechar o casaco, a abrir o guarda-chuva e a pensar "nunca mais é sábado".
... e eu ando a dizer isto há anos, senhor Queiroz. Só que a mim ninguém me ouve. Eça é que é Eça.
- Não está ninguém na praia.
- Pois não.
- Achas que é por causa do mau tempo?
- Não, é porque estamos em setembro.
- Pois, as pessoas estão fartas de praia.
- Exato. Se fosse agosto, estava cheia.
Esta manhã, fui atacado pelo pecado da luxúria. Enfim, apeteceu-me comprar uma coisa de luxo. Pronto. Pensei numa casa de praia. Mas, depois, começou a chover. Refiz os meus planos. Enchi o depósito. É mais caro, mas também dá status. Só tive pena de não dar para abrir o vidro e andar com o braço de fora. Mas (lá está!) não se pode ter tudo.
Depois de janeiro, chega febreiro. Tempo para umas febras na praia.
O verão termina, esta semana, e eu não cheguei a tirar uma destas fotos: com os meus pés, numa praia paradisíaca. Não foi por esquecimento. Eu gosto de estar na moda. Mas, infelizmente, moro longe.