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Vida

por Miguel Bastos, em 19.06.24

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80 anos. Dia de celebrar a vida de Chico Buarque. A sua e todas as que tem cantado.

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Velhos são os trapos

por Miguel Bastos, em 14.05.24

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"Velhos são os trapos", costuma-se dizer. Os trapos são panos velhos. São farrapos. São restos. Podem, até, ter utilidade. Mas, perderam a dignidade. A expressão "velhos são os trapos" designa, portanto, tudo o que um ser humano não deve ser.
 
Os trapos da fotografia (dois tapetes), mesmo velhos, persistem. Viram desaparecer os velhos. Viram desaparecer a casa dos velhos. E, mesmo assim, continuam ali. O que me leva a pensar nas considerações anteriores. Talvez os trapos possam recordar a dignidade dos velhos. Talvez os trapos possam ser, eles próprios, símbolo e sinónimo de dignidade.

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Churros

por Miguel Bastos, em 29.09.23

churros.jpg 

Churros. No fundo, o que são churros? São farturas, armadas ao fino. Pior, são farturas que não querem trabalhar. Churros!

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Todos, todos

por Miguel Bastos, em 26.09.23

Bom dia, para todos. Todos, todos. Mesmo para aqueles que dizem "Nánadia".

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Indivíduos

por Miguel Bastos, em 14.09.23

No fundo, o que são indivíduos?

São pessoas, como nós.

Só que usam o casaco pelas costas.

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À porta do liceu

por Miguel Bastos, em 04.04.23
- "Lo".

- Não, "lho".

- Cárálo.

- Não é "lo", o som é "lho", "lho".

- Nam cansigo.

- Tens que praticar.

Português para estrangeiros, à porta do liceu.

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Por favor, Jorge!

por Miguel Bastos, em 29.03.23

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Olá, Jorge! Não me importo nada de emprestar, mas não gosto que me escrevam nos discos. Não voltes a fazer isto, por favor. Obrigado.

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Palavra do ano: "guerra"

por Miguel Bastos, em 05.01.23

"Guerra" é a Palavra do Ano, de 2022. Numa altura de abundância de palavras (ditas, escritas, gritadas, escarrapachadas), em que se usa e abusa das palavras, escolher uma palavra - uma só - por ano, soa a tarefa hercúlea. Quando a iniciativa da Porto Editora começou, perguntei-me se fazia sentido elaborar um "top" de palavras, submetê-las a votação e eleger uma só palavra. Porque a escolha pode refletir, apenas, a espuma dos dias. Mas, também é verdade que pode servir de barómetro, que ajuda a perceber os assuntos que mais preocupam os portugueses. No ano de 2022, marcado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, a palavra escolhida foi "guerra". As palavras relacionadas com a Covid-19, que tinham dominado os dois últimos anos (no ano passado foi "vacina"), desapareceram. Se passarmos por 2017, ano dos grandes incêndios, a palavra do ano foi, precisamente, "incêndios". Em 2011, o ano da chegada da troika, a palavra escolhida foi "austeridade". Uma palavra - uma só - pode dizer muitas coisas. Pode dizer muito.

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Cheiro a cera

por Miguel Bastos, em 07.12.22

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As memórias têm cheiro. Os discos também. Este, cheira a cera. Daquela tradicional portuguesa, que se punha no chão de tábua corrida. O disco é brasileiro, bem sei: Caetano e Chico - os dois maiores da MPB - "Juntos e ao Vivo". Ouvimos muitas vezes, lá em casa. "Quando eu chego em casa nada me consola". Enquanto passávamos o esfregão de aço, para retirar a cera velha. "Você está sempre aflita". Enquanto varríamos o pó. "Lágrimas nos olhos, de cortar cebola". Enquanto passávamos a esfregona. "Todo o dia ela faz tudo sempre igual". Enquanto espalhávamos cera nova. "Todo dia eu só penso em poder parar". Enquanto puxávamos o brilho. "Eu quero é dar o fora". Quem não? Quem nunca? Caetano e Chico. Ah, aqueles dois! Aqueles dois sabiam da vida. Aqueles dois sabiam de nós. Encerar tornava-se poético, com Caetano e Chico a cantar o quotidiano. Devíamos-lhe isso. Pagámos-lhes, com cheiro a cera fresca, portuguesa, acabada de pôr.

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Coçar a Nicósia

por Miguel Bastos, em 05.12.22

Coçar a Nicósia

Expressão cipriota que descreve alguém ocioso, preguiçoso, pouco propenso ao trabalho.
Exemplo: "Não fazes nenhum. Passas o dia a coçar a Nicósia."
A referida expressão é, normalmente, proferida por indivíduos que acham que não têm tempo. Nem para se coçarem.

[Definição consultada no "Meu Dicionário Imaginário" (em linha) Aveiro: Bastos Editora]

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