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O primeiro-ministro defende que
cada órgão deve atuar no momento próprio.
O presidente da República entende que
cada órgão escolhe o momento de atuar.
Eu, cliente de casamentos, considero que
às vezes, o homem do orgão é muito irritante.
O Tribunal Constitucional (TC) considerou a eutanásia inconstitucional. O texto, defendeu o TC, tem uma "intolerável indefinição". Que "indefinição" é essa, que é tão "intolerável"? Bem, diz o TC, é o "e" .
Concretizando: o texto refere "o sofrimento físico, psicológico e espiritual" - o que levanta, diz o TC, "interpretações antagónicas". E questiona: "A exigência é cumulativa ou alternativa"? É que, diz o TC, no primeiro caso, temos "sofrimento físico, mais psicológico, mais sofrimento espiritual". No segundo, continua a dizer o TC, temos "tanto o sofrimento físico, como o psicológico, como o espiritual". Soa a Kafka? Talvez. Mas soa, sobretudo, a trabalhador da restauração: "Quer um copo de água ou um copo com água"? O meu pai, que trabalhava na restauração, nunca disse essa piadinha. Mas dizia, frequentemente, a expressão: "Nem o pai morre, nem a gente almoça".
Hoje, está a ser um dia estranho: ainda não choveu... ainda não saiu ninguém do governo...
Ganhar o tesouro, perder a secretaria.
- Olha, um peru!
- Como é que lhe chamaste?
- Peru. Em português, este animal tem o nome do teu país.
- Não acredito!
- Acredita, que é verdade.
O Peru volta a estar em crise. Estou chateado que nem um peru.
A Consuelo não vai perceber a expressão, mas, talvez, acredite.
A coisa que eu mais gosto, num dia de greve, é a quantidade de vezes que se ouve a palavra "inalienável".
Para acabar, de vez, com a pandemia, a guerra na Ucrânia, a crise energética, a inflação, a fome, a mentira e a inveja.
Estávamos todos preparados para a febre de sábado à noite, quando a notícia chegou: Paulo Raimundo vai ser o novo secretário-geral do PCP. Um segredo de polichinelo. Já todos sabíamos que ia ser o Paulo. Todos - exceto meia dúzia de jornalistas, comentadores, políticos (em geral) e militantes do PCP (em particular) que tiveram de ir ao Google.
"Não falo espanhol nem portunhol". Foi desta forma que o candidato Jair Bolsonaro resolveu responder à pergunta do jornalista Pedro Sá Guerra. O Pedro falou-lhe em português - a língua oficial do Brasil - o candidato fingiu não perceber a sua própria língua. Quis-se mostrar arrogante, mas acabou por se mostrar analfabeto. "Quem diz é que é" - uma das frases mais sábias que guardo da infância - pode ser aplicada aqui.
A reportagem pode ser vista aqui: