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"Shakira, Shakira!", dizia o rapper de gosto questionável, num tema de gosto questionável. "Devem ser duas", pensei. São duas. A primeira, conhecia-a algures nos anos 90 e achei-lhe graça. A segunda, não gostei nem um bocadinho. Era a cantora de "Whenever, Wherever". A canção pingava, várias vezes por dia, numa rádio inundada de azeite - que eu era obrigado a ouvir, por motivos profissionais. Uma dessas Shakira entrou, depois, na banda sonora do filme "O Amor nos Tempos de Cólera". Terá sido uma proposta do próprio Gabriel García Márquez. Na altura, o escritor afirmou que Shakira era uma das grandes cantoras da atualidade e um símbolo da nova sensualidade colombiana. "Coitado", pensei, "está velhinho"! Fui ouvir a banda sonora e... o velhinho tinha razão. Esta Shakira, é maravilhosa. A outra, não me interessa. Terá sido essa, que se separou do jogador de futebol e fez uma música sobre isso ("Fraquinha, fraquinha!"). Não gosto dessa, gosto desta. Ele há gostos... e Hay amores.