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Para acabar, de vez, com a pandemia, a guerra na Ucrânia, a crise energética, a inflação, a fome, a mentira e a inveja.
Por um lado, faço um esforço por estar, cada vez mais, atento à atualidade. Por outro, aprecio, cada vez mais, a minha "distração". Há pouco, apercebi-me que hoje não tinha passado os olhos pelo Diário de Notícias. Agora, acabo de me aperceber que estou a ler o jornal de segunda-feira. Não lamento. Pelo contrário. Acabo de ler a coluna do jornalista Paulo Baldaia "Isto ainda não é a Ucrânia". Alerta o autor que a presença da embaixadora da Ucrânia no desfile "alternativo" do 25 de Abril, protagonizado pela Iniciativa Liberal, e a sugestão da ilegalização do PCP, por parte do presidente da Associação dos Refugiados Ucranianos, são muito questionáveis. Num tempo de trincheiras, Paulo Baldaia recorre a uma expressão que associo à tropa que não fiz: "à vontade não é à vontadinha". Lembra, a seguir, que, em Portugal, não está em curso qualquer "processo de descomunização". E, depois, defende a liberdade. A mesma liberdade que usa, para criticar o PCP. A mesma liberdade que usa, para apoiar o povo ucraniano. A mesma liberdade: para criticar o governo russo ou o governo ucraniano. A liberdade devia ser igual para todos. Mas sabemos, todos, que não é.
Pode ler o artigo aqui:
https://www.dn.pt/opiniao/isto-ainda-nao-e-a-ucrania-14816661.html
Portanto, se bem percebi: são insondáveis os caminhos deste senhor.
Desempregados do meu país: não se iludam. Amanhã, quando forem ao centro de emprego, têm mesmo que estacionar nos locais assinalados e pagar o parquímetro. Aquilo de galgar ciclovias e estacionar em cima dos passeios, só é possível em situações muito excecionais, como, por exemplo, eventos partidários. Nesse caso, pode-se estacionar à vontade e dizer que é em nome do interesse nacional.
Vamos lá ver: o CDS é um partido de quadros, conservador, liberal, democrata-cristão. O CDS é um partido moderado. E defende, sempre, a moderação. Às vezes, de uma forma um bocadinho radical, vá...
Por estes dias, trocam-se acusações entre a esquerda e a direita; entre os vários partidos de esquerda; e entre os militantes dos partidos da direita, que vão para eleições internas. Portugal vai para eleições porque, supostamente, precisa de uma clarificação. Antes da clarificação, porém, as coisas vão ficando mais negras.
O discurso do CDS, na noite eleitoral, foi de vitória. Mas, entretanto, já há vozes a pedir reflexão interna. Um clássico. Como sempre, os pedidos de "reflexão interna" são feitos publicamente.