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Arco-irís

por Miguel Bastos, em 13.12.23

arco iris.jpeg 

Olha, um "vai ficar tudo bem"!

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Palavra do ano: "guerra"

por Miguel Bastos, em 05.01.23

"Guerra" é a Palavra do Ano, de 2022. Numa altura de abundância de palavras (ditas, escritas, gritadas, escarrapachadas), em que se usa e abusa das palavras, escolher uma palavra - uma só - por ano, soa a tarefa hercúlea. Quando a iniciativa da Porto Editora começou, perguntei-me se fazia sentido elaborar um "top" de palavras, submetê-las a votação e eleger uma só palavra. Porque a escolha pode refletir, apenas, a espuma dos dias. Mas, também é verdade que pode servir de barómetro, que ajuda a perceber os assuntos que mais preocupam os portugueses. No ano de 2022, marcado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, a palavra escolhida foi "guerra". As palavras relacionadas com a Covid-19, que tinham dominado os dois últimos anos (no ano passado foi "vacina"), desapareceram. Se passarmos por 2017, ano dos grandes incêndios, a palavra do ano foi, precisamente, "incêndios". Em 2011, o ano da chegada da troika, a palavra escolhida foi "austeridade". Uma palavra - uma só - pode dizer muitas coisas. Pode dizer muito.

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Mau tempo

por Miguel Bastos, em 20.12.22

Oh, mau tempo! Dá vontade de ir para casa, deitar no sofá, com uma mantinha, e ver epidemiologistas na televisão. Como antigamente. Ah, bons tempos!

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Eu, tu, we

por Miguel Bastos, em 16.11.22

fire.jpg 

No início, era a pandemia: o confinamento, o isolamento. O último disco dos Arcade Fire parte daí: da ansiedade ("Age of Anxiety"), da toca de cada um ("Rabbit Hole"). Começa centrado no "eu", mas evolui para um "nós". É um disco de introspeção, mas também de catarse, de redenção e de conexão. Um disco fotografia; mas, também, um disco cartão-postal: "Espero que este postal te encontre bem de saúde" / "Nós, por cá, tudo bem". No fundo, é o disco que eu estava a precisar de ouvir, por estes dias. Um disco que me faz regressar à minha adolescência: quando achava que as canções podiam salvar-me; quando achava que as canções podiam salvar o mundo. Por esta ordem, ou pela ordem inversa.

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O Tio

por Miguel Bastos, em 22.07.22

Passei, agora, pelo Tio. Foi no telemóvel. O Tio deixou-nos, há poucos meses. Foi levado pela Covid. Quando o visitei, estava meio constipado. Mas não, não era uma constipação. Já não vendia saúde (é certo) mas, ainda, não estava doente (tinha, apenas, doenças - quem as não tem?). Claro que já não era o Tio que pegava o carro e, a caminho dos 90 anos, fazia um caminho de 250 quilómetros. Já não era o Tio, de há muito pouco tempo. O Tio tinha nome, claro. Tinha mulher, sim. Tinha filhos e netos. Tinha irmãos. Era, portanto, muitas coisas, ao mesmo tempo. Mas, para mim, era sobretudo o Tio: o meu Tio. O que juntava a família; o que telefonava, sempre, nos dias certos e, sempre, nos dias que lhe pareciam certos. O que não trocava datas, nem nomes, nem factos. O que me beijava em público. O que me que me contava histórias, de ontem e de hoje. O me perguntava sobre as histórias de hoje e dos próximos dias : "O que é que pensas disto?"; "O que é que achas daquilo?"; "O que é que pode acontecer?" Ao passar pelo Tio, no telemóvel, apeteceu-me falar dele. Das saudades dele. Está na letra "T". Para mim, foi Tio, antes de tudo. É Tio, antes de tudo.

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O normal

por Miguel Bastos, em 30.06.22

pedro nuno santos.jpg

Claro que há um dado novo: o primeiro-ministro trava a decisão sobre o novo aeroporto, anunciada pelo ministro da tutela.
Quanto ao resto - a discussão do aeroporto tem 50 anos, com apresentações, contestações, localizações e demissões - nem por isso.
Lembram-se do novo normal? Não vai acontecer. Temos o normal, de novo. [Fotografia: Tiago Petinga/LUSA]

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Consequências da pandemia

por Miguel Bastos, em 27.05.22

Mais álcool. Mais tabaco. Mais peso.
São consequências da pandemia, que afetaram, sobretudo, os jovens - refere um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Eu - que não fumo e quase não bebo - devo celebrar a minha perda de peso, ou lamentar a minha perda de juventude?

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Vangelis

por Miguel Bastos, em 20.05.22

Que interessante, tanta gente a falar de Vangelis. Julgava-o esquecido. Lembro-me de gostar (e de deixar de gostar) de "Friends of Mr. Cairo" - o disco que fez com Jon Anderson, dos Yes. Lembro-me da música da série "Cosmos", de Carl Sagan. Lembro-me da banda sonora de "Blade Runner", filme que só vi muitos anos mais tarde. Lembro-me de o achar parecido com o Demis Roussos, e só depois descobrir que tinham pertencido à mesma banda. Lembro-me do hino de Guterres, claro. Um ovo de Colombo. Mais, recentemente, lembro-me de "Momentos de Glória" / "Chariots of Fire" interpretada pela London Symphony Orchestra, dirigida pelo maestro Simon Rattle, nos Jogos Olímpicos de 2012. Tem uma "performance" hilariante de Rowan Atkinson, como Mr. Bean. Já a vi várias vezes com os meus filhos. Eles adoram. Serve para lhes mostrar que a música orquestral pode ser popular. Que um dos maiores maestros do mundo pode ser divertido. Que os britânicos são os maiores a fazer humor e a fazer espetáculos. Que Rowan Atkinson ficou com a parte mais chata. Que a música é bonita. Que a música é de Vangelis. Vangelis morreu com Covid-19. Tinha 79 anos.

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Sexta vaga?

por Miguel Bastos, em 13.05.22
A Covid existe. Existe, independentemente de juízos de valor. Existe, e não se extingue por decreto, nem por vontade, nem por fadiga. Portugal pode estar à beira de uma sexta vaga da Covid-19. Ontem, a área Covid, do Hospital de São João, ficou cheia. O índice de transmissibilidade ronda 1,17. Voltou a ser ultrapassado o número de 20 mil casos, num só dia. (Os dados vão ser atualizados, hoje.) A linha SNS 24 recebeu perto de meio milhão de chamada, nos últimos dias. O governo vai antecipar o reforço da vacinação para maiores de 80 anos, a partir de segunda-feira, e admite o regresso dos testes gratuitos nas farmácias. Vários especialistas consideram que o fim das máscaras, nos locais de trabalho, está a provocar um excesso de contágios. O regresso dos grandes eventos dá uma ajuda. Enquanto os números sobem, os meios de combate à pandemia foram ou estão a ser desmobilizados. O problema não é, apenas, nacional. Esta semana, os especialistas da União Europeia deixaram de recomendar o uso de máscara, em aviões e aeroportos. Neste jogo do "tira e põe", uns sugerem mais medidas de proteção, outros o regresso "à vida normal" - como se este pudesse ser realizado por decreto.

Sim, eu também sou "contra" a Covid. Mas o vírus não quer saber nada disso.

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