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O PCP já anunciou que se vai abster. Daqui a pouco, o PAN vai revelar o sentido de voto. A aprovação do Orçamento do Estado parece uma série de televisão. Gostava de seguir o Orçamento com mais atenção, mas o pessoal cá de casa anda mais interessado na Galactica: "By your command!"
Quem quer coligar com a Carochinha, que é tão rica e bonitinha?
Confesso, ando confuso. No sábado, achava que o dia de reflexão não fazia sentido. No domingo, achei que hoje é que devia ser o dia de reflexão. Hoje, quero refletir mas não consigo.
[Foto: Mário Cruz - Lusa]
O parlamento vai discutir a possibilidade dos jovens votarem aos 16 anos. O deputado do PAN considera que os "16 são os novos 18". Penso muitas vezes nisso, quando vejo os jovens a chegarem à universidade, no carro dos pais. Ou quando saem de casa, para se emanciparem, aos 35.
Depois de uma tarde de elogios fúnebres, a morte de Belmiro de Azevedo dividiu o parlamento. O voto de pesar foi a votos. PS, PSD, CDS e PAN votaram "sim". PCP votou "não". Bloco de Esquerda e Verdes votaram "nim". Belmiro já não reina, mas ainda divide.
Tudo na mesma, como a lesma. Se as eleições fossem hoje, a coligação PSD/CDS ganhava, o PS ficava em segundo, seguia-se o Bloco, a CDU e o PAN. Todos os partidos sobem nas intenções de voto. Com excepção da CDU. Mas, como sabemos, a CDU ganha sempre. Portanto, ganham todos. São dados da sondagem da Católica (para a RTP, Antena 1, JN e DN - o gráfico é do DN).
Mais dados curiosos: a maioria dos inquiridos acha que Passos Coelho deveria ter sido primeiro-ministro, que é, agora, um líder mais popular do que António Costa. A maioria dos portugueses, considera que o PS deveria ter viabilizado um governo PSD/CDS. Será que estes dados vão servir reforçar o discurso da “ilegitimidade”, da coligação de direita? Talvez. Mas há outro dado curiosos. É que, a maioria dos inquiridos considera que António Costa é melhor solução para o país, como primeiro-ministro.
Confuso? Talvez não. Passos Coelho é o preferido, mas se não puder ser… Em certos países viria aí uma corrente de indignação. Mas, em Portugal, tendemos a encolher os ombros. Somos um país de gente porreira.