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Capital Europeia

por Miguel Bastos, em 12.07.21

tavora.jpg

Este fim-de-semana, fui ver a recuperação de uma obra de arquitetura. A obra é do pai do modernismo português, que sonhou fazer uma torre à americana, na minha aldeia. A recuperação é do filho, Bernardo Távora (este é biológico - Siza é só em sentido figurado), que me fez o favor de assinar o livro que documenta o trabalho de ambos. No mesmo dia, no mesmo edifício, foi, depois, homenageado Mário Sacramento, figura destacada na oposição ao salazarismo, que organizou os Congressos Republicanos de Aveiro e que foi agraciado, na semana passada, com a Ordem da Liberdade, pelo Presidente da República. Pacheco Pereira deu a contextualização histórica, o neto, Vasco, falou da parte emocional. Reencontro um amigo de infância, antigo jornalista do Diário de Notícias; um diretor da RTP, que conheci de guitarra a tiracolo; uma ilustradora, com uma interessante carreira internacional. Às vezes, a minha aldeia parece uma capital europeia. Só não tem uma torre à americana.
[Foto: Câmara Municipal de Aveiro]
 

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Geometria euclidiana

por Miguel Bastos, em 08.02.19

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A Quadratura do Círculo, da SIC, mudou de canal e de nome. Agora, chama-se a Circulatura do Quadrado. Espero que fique na TVI. Senão, ainda vamos ter "A duplicação do cubo", na RTP. Ou "A trissecção do ângulo", no Porto Canal. Eu sei que a geometria é um assunto mais sexy do que a política. Mas o nome do programa é um bocado obtuso. Que é um ângulo maior que 90° e menor que 180°. (Fotografia da Presidência da República)

 

 

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Marcelo, rei da presidência

por Miguel Bastos, em 17.12.15

marcelo rei presidencia.jpg

Pacheco Pereira tem razão: Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu condicionar o tema das eleições presidenciais. Nos últimos anos, não se falou de outra coisa. Quando se falou de eleições legislativas antecipadas, falou-se, também, de presidenciais. Quando se marcaram as legislativas, falou-se de presidenciais. Quando começou a campanha das legislativas, falou-se de presidenciais. Agora, que devíamos estar a discutir presidenciais, falamos de outra coisa qualquer.

 

Marcelo não condicionou só os media e os outros candidatos da direita. Também condicionou o próprio Partido Socialista. António Costa tem mais estima por ele, do que por Maria de Belém - e não vai mexer uma palha. Manuel Alegre e José Sócrates já chamaram a atenção para os custos que isso vai ter para o PS. Mas já é tarde demais. A “criação” de Sampaio da Nóvoa foi um fiasco; Guterres não estava mesmo interessado; Maria dividiu o caminho para Bélem. O PS vai perder, por falta de comparência. E Marcelo vai mesmo ser entronizado. As eleições serão, apenas, uma formalidade democrática.

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Pacheco Pereira e o PSD

por Miguel Bastos, em 09.12.15

pacheco2.jpg

Pacheco Pereira devia sair do PSD. A sugestão foi de um deputado do partido. Quem? Duarte Marques. Quem? Pois, o problema começa aqui. Os jornais andaram a fazer manchetes com uma declaração de Duarte Marques, que ninguém sabe quem é.

 

Já Pacheco Pereira é bem conhecido. Militou na extrema-esquerda, “centrou-se” na campanha presidencial de Soares, “endireitou-se” com as maiorias de Cavaco Silva. Foi deputado, líder da bancada laranja, vice-presidente do Parlamento Europeu. Mas, conhecemos Pacheco Pereira, sobretudo, dos media. Ele está, há mais de 30 anos, nos jornais, revistas, rádio, televisão, blogosfera. Pacheco Pereira está em todas. Está nos livros, que lê e colecciona, e nos que escreve, com destaque para a extensa biografia de Álvaro Cunhal.

 

Há pouco mais de um mês, o subdiretor do DN, perguntava-lhe porque é que permanecia  militante do PSD se, nos últimos anos, estava sempre a fazer-lhe oposição. Pacheco Pereira responde que o PSD actual, não é o PSD da sua história e mantém a esperança que o PSD recupere a posição charneira entre o centro-esquerda e o centro-direita. Pacheco ainda acredita que o partido mude. Olhando para Duarte Marques, diria que há coisas que nunca mudam…

 

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Casa dos Segredos

por Miguel Bastos, em 28.10.15

Captura de ecrã 2015-10-26, às 14.31.37.png

Esta capa do jornal i lembrou-me uma crónica de Ricardo Araújo Pereira. Diz o i: “PS só revela acordo quando a queda do governo estiver eminente”. Cito (de cor) Araújo Pereira (esse mestre da ciência política): “mas o ponto não é esse. O ponto não é esse. O ponto só eu e o Pacheco Pereira é que sabemos. E, mesmo assim, não dizemos nada a ninguém”. Ricardo antecipou António Costa e o acordo de esquerda. A coligação ganhou, mas esse não é o ponto. A alternativa existe, mas não dizemos nada a ninguém.

 

Eu sou espectador da Quadratura do Círculo. Muitas vezes, as questões de Carlos Andrade são respondidas com um “ó Carlos, eu já lhe respondo, mas…” ou “eu percebo a sua curiosidade, mas deixe-me dizer-lhe o seguinte”...  - que, geralmente, são formas de não responder. Outra expressão recorrente é “O ponto não é esse” - utilizada, sobretudo, por Pacheco Pereira e glosada pelo humorista. O “e, mesmo assim, não dizemos nada a ninguém” aplica-se, agora, a António Costa, que deixou a “Quadratura” e entrou para a "Casa dos Segredos".

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