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As reformas

por Miguel Bastos, em 11.04.22

De acordo com Cavaco Silva, António Costa terá "um grau de coragem política muito baixo". Esta manhã, Cavaco assina duas página de coragem, no Público, para concluir que "não se detetam sinais de um ímpeto reformista" no atual programa de governo.



Sejamos justos, as reformas foram sempre uma marca política de Cavaco Silva. Tanto que, quando teve que optar entre o salário de presidente da República e as reformas, optou, corajosamente, pelas reformas.

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Benfica

por Miguel Bastos, em 17.09.20

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Luís Filipe Vieira está preocupado: com o sistema de justiça; com o funcionamento dos media; com a opinião pública; com a qualidade da democracia; com o emergência do populismo e da demagogia; com os princípios do Estado de Direito; com as conquistas de Abril. Luís Filipe Vieira é candidato à presidência. Do Benfica.

[Foto: Rodrigo Antunes - Lusa]

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O Indy dependente

por Miguel Bastos, em 04.11.15

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Esta semana, o Sapo Blogs surpreendeu-me com um livro sobre o Independente. O livro sai amanhã, mas os autores já andam a deixar pistas.

 

Confesso que estou muito curioso para ler o livro. Gostei logo do grafismo: parece uma capa do jornal. E gostei do subtítulo: “A Máquina de Triturar Políticos”. Era isso que faziam. Escolhiam alvos e atiravam a matar, com títulos irreverentes, acutilantes, hilariantes. Usavam trocadilhos, ditados populares e referências da cultura pop. Mas, apesar da juventude, não havia inocência. O Independente tinha objectivos políticos claros: combater a esquerda, o cavaquismo e o PSD, e afirmar uma nova direita. Esta gente “irreverente”, era, afinal, profundamente conservadora. De tal forma, que o PSD e Cavaco eram “de esquerda”. De esquerda, vejam bem!

 

O Indy acabou porque, afinal, dependia de muitas coisas. Dependia de Cavaco, que saiu do governo; da guerra com o Público e o Expresso, que teimavam em prosperar; do CDS; de Paulo Portas, que, afinal, queria ser político. A sua entrada para a política acabou, simultaneamente, com o jornal e com o CDS, de Manuel Monteiro.

 

Hoje, Paulo Portas coliga-se com o PSD, vota Cavaco, vai votar Marcelo e adora a Europa. O CDS não cresce. Miguel Esteves Cardoso escreve no Público. O Expresso permanece e lidera.

 

Não sei porquê, mas lembrei-me dos vencidos da vida...

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Governo para a rua!

por Miguel Bastos, em 27.10.15

governo rua.jpg

O governo é novo, toma posse na sexta feira, mas já se sabe que vai cair. Cairia sempre. Cairia, com estes ou outros ministros. Cairia, com mais (ou menos) independentes. Cairia, com mais (ou menos) CDS. Cairia, com mais (ou menos) PSD. É para cair.

 

Valerá a pena falar deste governo, que mantém grande parte do governo anterior e junta uns veteranos e uns novatos de círculos próximos dos dois partidos? Valerá a pena lamentar a perda de alguns nomes importantes (Paulo Macedo ou Pires de Lima )? Valerá a pena festejar a saída de Nuno Crato ou a chegada de um Ministério da Cultura? Para quê? Se é para cair!

 

O Presidente da República vai dar posse a este governo, e ele cai. O Presidente não quer dar posse a um governo com comunistas e bloquistas, porque ele cai. O Presidente pode dar posse a um governo de iniciativa presidencial e ele cai. Portanto, Portugal que, há quarenta anos, deu início à "terceira vaga da democratização", está nisto.

 

O “Governo para a rua!” sempre existiu. A novidade é que, desta vez, se pede ao governo para sair, antes mesmo de ele entrar.

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Rui Rio

por Miguel Bastos, em 15.10.15

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Rui Rio não avança para Belém. Porquê? O ex. futuro candidato explica tudo, no JN. Como sempre, explica bem. Os outros é que percebem mal. Ele seria a garantia de estabilidade. Mas não avança, porque a sua candidatura seria vista como desestabilizadora. Ele quer democratizar a vida nacional. Mas não avança, porque o seu partido não obriga toda a gente a votar nele. Ele tem vantagens sobre os outros, para renovar o regime. Mas, nas circunstancias actuais, os outros candidatos têm aptidões mais adequadas.

 

Confusos? Rui Rio explica melhor o problema. Ele queria reformar o sistema político, o sistema  judicial e até na comunicação social (ó ironia!). E acha que pessoa indicada para o fazer. Ele é o melhor, só que descobriu que os outros não acham o mesmo.

 

Como, mesmo assim, estamos confusos, vou socorrer-me de Maria de Belém. A candidata apresentou-se, esta semana, e lembrou que o presidente da República não é coroado, é eleito. A mensagem tinha um alvo: Marcelo Rebelo de Sousa. Mas, pelo vistos, acertou em Rui Rio.

 

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Vende-se Presidente

por Miguel Bastos, em 07.10.15

marcelo presidente.jpg

A noite era de legislativas, mas a TVI resolveu falar de presidenciais. Uma sondagem (mais uma!) dizia que Marcelo Rebelo de Sousa poderá ser o próximo Presidente da República. Marcelo, o comentador, estava a comentar as eleições e foi desafiado a comentar-se, uma vez mais. “Não vou comentar”, disse o professor, “ainda mais em noite de eleições”. José Alberto Carvalho insistiu. Marcelo pareceu incomodado, mas não cedeu.

 

No dia seguinte, Marcelo comentava “o dia seguinte”. José Alberto insistiu que gostaria que o professor comentasse a sondagem da TVI, sobre presidenciais, uma vez que “já não estamos em noite de eleições”. Marcelo recusou. Quando tiver que falar do assunto, não será na TVI.

 

A candidatura presidencial de Marcelo é um segredo de polichinelo. Marcelo joga com isso, divertido. Mas, a TVI podia ser mais discreta a tentar vender um presidente. Não lhe fica bem. Emídio Rangel disse que uma estação de televisão, com mais de 50% de share, vende um Presidente da República. Pode ser que sim. Pode, mas não quer dizer que deva. Marcelo sabe disso.

 

 

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Quente, Frio, Gelado

por Miguel Bastos, em 10.09.15

 passos costa2.jpg

O jogo já tem barbas. Uma pessoa esconde um objeto, a outra tem de o encontrar. A primeira ajuda a segunda com as indicações: “Quente”, “Frio”, “Gelado”. Também dá para se fazer o jogo com um facto ou com um pensamento. Por exemplo: “Adivinha quem é que eu vi hoje de manhã” ou “Adivinha quem é que ganhou o debate…”

 

O debate foi ontem. Passos Coelho e António Costa, perante três jornalistas, em simultâneo nas três televisões. As televisões venderam-nos “o debate decisivo”e exploraram o facto de “pela primeira vez, os dois principais candidatos debatem, em simultâneo, nos três canais de televisão”.

 

Para alimentar o “acontecimento”, houve uma grande aposta na análise e descrição dos bastidores do debate. Na TVI, José Alberto Carvalho falou, com Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o nervosismo antes dos debates. Na SIC, Pedro Mourinho perguntou a António Vitorino e a Santana Lopes, se costumavam fazer exigências para os debates. Como as estrelas de rock, antes dos concertos. É que…

 

para o debate, António Costa pediu ambiente frio e Passos Coelho pediu água gelada. O resultado foi morno. Só podia ser…

 

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