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"Também se pode coreografar o silêncio?", pergunta Aldina Duarte, a fadista-conversadora da minha rádio. Olga Roriz recorda-se de si própria - coreógrafa em construção: "A minha visão da dança não precisava de música. Eu não precisava da música para dançar". "Que interessante", pensei, porque tendo (penso que todos tendemos) a pensar que não se dança sem música. Mas descubro, na conversa, que cada vez se dança menos. Até em espaços como as discotecas. O que leva as duas conversadoras a refletirem sobre a perda, progressiva, de contacto com o corpo. E, sim, chegam à sexualidade. Uma delícia, este "Fado Cravo". Um programa de corpo inteiro.
www.rtp.pt/play/p9839/e682802/fado-cravo
"O meu pai trabalhava nos estaleiros de Viana do Castelo, mas eu já gostava muito de dançar. Então, os meus pais decidiram que eu devia ir para Lisboa, para seguir a minha vocação." "E que idade tinha nessa altura?", perguntei. "Tinha pouco mais de 3 anos". Cito, de memória, uma entrevista que lhe fiz, há mais de 10 anos. Olga Roriz: bailarina e coreógrafa; precoce e longeva. [Foto: Bruno Raposo/Global Imagens]