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Recontar uma história

por Miguel Bastos, em 14.10.24

a volta do largo.jpg

Antigamente, vivia-se o tempo a contar histórias. Geralmente, eram contadas pelos mais velhos - mais sábios e mais experientes - à volta da lareira, "À Volta do Largo". Muitas vezes, as histórias também eram velhas. Quando eram novos, os mais velhos tinham-nas ouvido de outros velhos. Também, eles, tinham sido novos e assim sucessivamente. Muitas vezes, ao ouvir, de novo, uma história alguém dizia: "Essa já é velha". Normalmente, quem o dizia, também já não ia para novo.
 
Se as histórias não eram novas é porque já tinham sido contadas. E, assim sendo, o contador de histórias devia ser chamado de "recontador". Porque estava a contar uma história, que já lhe tinha sido contada. Porque, muitas vezes, ele próprio voltava a contar uma história que já tinha contado previamente. E ainda bem. Porque é preciso que certas histórias se mantenham vivas. Porque, muitas vezes, o "recontador" conta a história melhor do que a história que tinha ouvido. Porque ele próprio, vai melhorando a sua história à mediada que a vai (re)contando.
 
Na sexta-feira passada, contei uma história sobre uma companhia libanesa que devia ter aberto o Festival de Marionetas do Porto, mas que não o pôde fazer. Porque há uma guerra no Líbano. Uma guerra que chega até aqui. O velho da aldeia (aqui é em sentido figurado, que ele é do mais jovem que há), Nuno Amaral, ouviu a história e resolveu recontá-la "À volta do Largo". E eu sentei-me, a ouvir. Obrigado, meu velho!

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Quase um ano de guerra

por Miguel Bastos, em 22.02.23

"O significa ser pró-russo?", quis saber o repórter Luís Peixoto, na região separatista do Donbass. E sintetizou: "Há os que nasceram na Rússia. Há os que sempre viveram na cultura russa. E os que, sentindo-se ucranianos, guardam mágoa ao país por bombardear o Donbass, há quase 9 anos".

Em Kiev e em Kharkiv, o repórter Nuno Amaral "pintou" a reportagem, com a melodia de uma canção que o ocidente conhece como "Hey, Hey, Rise Up!". A canção dos Pink Floyd (David Gilmour e Nick Mason), com o cantor ucraniano Andriy Khlyvnyuk. Quando saiu, a imprensa ocidental destacou que a canção "fez juntar os Pink Floyd em estúdio, pela primeira vez, em 28 anos". Mas, entretanto, Roger Waters (que foi o principal autor dos Pink Floyd) fez uma série de declarações que foram interpretadas como pró-russas. Depois, David Gilmour e Roger Waters trocaram palavras azedas, em público. Para todos os efeitos, a ideia que ficou foi que a guerra na Ucrânia dividiu os Pink Floyd.

A guerra divide sempre. Quando se fala em união, é, apenas, a união de uns contra os outros. A guerra na Ucrânia começou, há quase um ano. E nem na data, as pessoas conseguem estar de acordo.

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Chuva de mísseis

por Miguel Bastos, em 10.02.23

zelensky macron scholz.jfif

Olho para a televisão. Zelensky acabava de chegar a Paris.
- Dava jeito ter um correspondente em Paris, não dava?
- O que é que lhe aconteceu?
- O José Manuel Rosendo está a caminho da Turquia.
- Achas que a Ucrânia está a perder peso nos noticiários?
- Não. Também estamos lá.
Esta manhã, o repórter Nuno Amaral chegou a Kiev, sob uma chuva de mísseis.  
Outro enviado especial, Luís Peixoto está em Donestsk, onde chove ao contrário. 

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Retratos da Ucrânia

por Miguel Bastos, em 02.03.22

antena 1.jpg

"Seis crianças, dois cães, oito adultos e um microfone". O repórter Nuno Amaral a enviar retratos, num "bunker" improvisado, na cidade de Rivne, a 300 km de Kiev: "um presépio pobre. Paupérrimo". Jornalismo.

[Um minuto e meio de rádio. Para ouvir aqui, https://www.rtp.pt/noticias/pais/abrigos-improvisados-sao-solucao-para-fugir-a-bombardeamentos-na-ucrania_a1388357 ou carregando na imagem]

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Cabo Delgado

por Miguel Bastos, em 01.03.21

cabo delgado.jpg

Cabo Delgado tem estado longe das "gordas" dos jornais, da rádio e da televisão. Este trabalho, do enviado especial da Antena 1, Nuno Amaral, é uma ajuda importante para quebrar um silêncio que incomoda. A rádio - aquela que interessa e que importa - está aqui e agora, sempre; e no fim do mundo, quando é preciso. Ao fim e ao cabo, a rádio está onde deve estar: Cabo Delgado.

Pode ouvir aqui:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/cabo-delgado-numero-de-deslocados-continua-a-aumentar_a1300813

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