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A jornalista Rita Colaço avisou-nos que a reportagem tinha sons que podiam impressionar (e impressionam, de facto). Mas, o meu maior receio não eram os sons. Era a respiração. A minha. Tinha medo de não conseguir respirar, porque sei bem o que isso é. E a minha respiração alterou-se, de imediato, com uma das primeiras palavras que ouvi na reportagem: "propofol". Cheguei, em desespero, a pedir propofol numa unidade de cuidados intensivos. Conheço o som dos ventiladores, invasivos e não invasivos, e das várias máquinas. Reconheço as vozes dos profissionais de saúde: o cansaço, a esperança, o profissionalismo, a humanidade. Está tudo nesta reportagem. Ao longo da reportagem, a minha respiração foi, no entanto, regressando ao normal. A Rita tem a capacidade de nos mostrar a realidade, com sobriedade, sem a exacerbar. Mas a abordagem é intensa. É intensiva.
Para ouvir, pode clicar na imagem ou aqui:
https://www.rtp.pt/noticias/pais/grande-reportagem-antena1-intensivos_a1294513
Ficar em casa. Cada um na sua.
"Inoculação". Já se estão a afeiçoar à palavra? Eu reconheço que "pica" é uma designação muito infantil. Mas, "injeção" não serve? "Vacina" não é suficiente? Eu não sei como é que é convosco, mas, pessoalmente, a palavra "inoculação" tira-me a pica toda.
O jornal Sol está a avançar que o novo curso de medicina da Católica vai ser ministrado em inglês. Parece-me bem, até porque os ingleses precisam muito que os profissionais de saúde portugueses falem inglês. Lembram-se do agradecimento de Boris Johnson ao enfermeiro "Luís, from Portugal"? Essas coisas nunca se esquecem. Mas, já agora, convém recordar que os ingleses não são lá muito católicos.