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Nas últimas semanas, tenho andado a ouvir o novo disco da Rita Redshoes. Estamos em novembro e, por esta altura, é normal perguntarmo-nos se o disco, que estamos a ouvir, será, ou não, o disco do ano. Também já me fiz essa pergunta. Mas, também, já me fiz outra: "será que isso é assim tão importante?" A seguir, lembrei-me que, há dois anos, um dos discos mais bonitos que ouvi (nos últimos anos) foi o disco da Lena d' Água. E, no ano passado, maravilhei-me com o disco da Capicua, que tem a voz da Lena e, como o disco da Rita, é muito marcado pelo universo feminino e pela maternidade. Finalmente, lembrei-me que, há uns anos, a Paula Moura Pinheiro fez um programa em que juntou a Xana, dos Rádio Macau, e a Manuela Azevedo, dos Clã, para falarem do rock no feminino: coisa rara, em Portugal. As duas eram quase "as únicas". Felizmente, as coisas têm vindo a melhorar: a Rita é única, mas não "a única". E, isso, só pode ser bom. Já agora, o novo disco chama-se "Lado Bom" e é mesmo bom. E é lindo. Sai à mãe.