Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Albergue espanhol?

por Miguel Bastos, em 05.01.16

debate presidenciais antena 1.jpg

Estamos na campanha para as presidenciais. Tenho tentado seguir os debates na televisão. É difícil. São mais de 20. Ontem, até ouvi o debate, na rádio, com 10 candidatos. Isso mesmo, dez. Enchiam o estúdio da Antena 1. Falou-se do cargo de presidente, de governação, de demitir governos, do Banif. Tino de Rans adaptou António Variações para dizer que “quando os bancos não têm juízo, o povo é que paga”. Foi um debate e pêras!

 

À noite, Miguel Sousa Tavares considerava que há candidatos que procuram, apenas, publicidade. São as presidenciais ao serviço dos 15 minutos de fama, de Andy Warhol. Freitas do Amaral reforçou o óbvio: ninguém deve começar uma carreira política pela Presidência da República. Maria de Belém já tinha dito o mesmo. Mas Maria é candidata a Belém. Freitas já foi e não volta a ser.

 

A democracia é de todos e para todos. Mas, ao ver tantos e tão estranhos candidatos, pergunto-me se deve ser um albergue espanhol. Com todo o respeito pelo setor hoteleiro e pelos espanhóis.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Marcelo e a ortodoxia

por Miguel Bastos, em 13.10.15

marcelo2 despedida tvi.jpg

Marcelo Rebelo de Sousa apresentou-se como candidato a Presidente, na sexta, e despediu-se como comentador da TVI, no domingo. A TVI fez-lhe uma festa, com pessoas que se cruzaram com ele na estação. José Alberto Carvalho descreveu o momento como “pouco ortodoxo” e jornais como o Público e o Expresso deram uso à expressão.

 

Na forma, a opção pode não ter sido ortodoxa. Mas, na substância, foi. Aliás, o problema do "fenómeno" Marcelo foi esse. A imagem de comentador ousado, manipulador e traquina foi dando lugar a um Marcelo mais institucional. Durante o espaço de comentário na televisão, os seus interlocutores desistiam de ser jornalistas e passavam a ser seus alunos. Até na forma como se tratavam: ele era sempre o “Professor”, eles eram o “Zé Alberto”, a “Júdite" e o “Juca”. 

 

É pena, Marcelo (e nós) merecíamos mais acutilância. Ricardo Araújo Pereira conseguiu ter alguma, Maria Flor Pedroso também. Mas esses não estiveram na festa. O Marcelo brilhante, controverso, parcial, excêntrico, conspirador, contraditório também não foi. Ficou na (excelente) biografia de Vítor Matos. O da despedida da TVI foi apenas “ortodoxo”.

Autoria e outros dados (tags, etc)


Mais sobre mim

foto do autor


Calendário

Fevereiro 2025

D S T Q Q S S
1
2345678
9101112131415
16171819202122
232425262728

Pesquisar

  Pesquisar no Blog

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D