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Kristalina Georgieva pediu folga ao patrão para ir para a ONU. O patrão deu folga e, até, encorajou Kristalina… Angela Merkel apoia. Portugal espanta-se. Guterres já venceu cinco batalhas, mas arrisca-se a peder a guerra. Marcelo diz que Kristalina parece uma atleta que entra para a maratona, a 100 metros do fim. Mas lembra que Guterres é um "maratonista natural". Felizmente, Portugal tem tradição na maratona.
Mas anda batota no ar, lembrou-nos Freitas do Amaral - homem que percebe de ONU. Kristalina veio substituir a candidatura de Irina Bokova, a anterior búlgara de serviço, que perdeu todas as votações. Na segunda-feira, Kristalina vai ser ouvida na ONU. Não se sabe para que é que serviram as votações informais anteriores. Só se "votação informal" significar “votar, até vencer o que eu quero”.
Antigamente, havia a Cristalina. Uma laranjada honesta: xarope de açúcar, ácido citrico e sumo de fruta. Era uma refrefrigerante hidro-carbo-gaseificado… Não era sumo detox. Nós sabíamos isso. Era claro como a água. A candidatura de Georgieva não é Kristalina. É turva.
Cavaco Silva diz-se “mais aliviado” com a privatização da TAP. O alívio foi confessado, aos jornalistas, a bordo de um avião. O local foi bem escolhido…
E onde é que os novos donos vão buscar dinheiro para injectar na TAP? O JN explica: à TAP. Vendem os aviões. Faz sentido?
Pelo vistos faz. Se não há dinheiro que chegue…
Ou há? É que estes senhores, que acabam de chegar à TAP, também querem comprar a Carris e o Metro de Lisboa. Como, vendendo autocarros e carruagens?
Voltando à TAP... Tal como o governo, o Presidente da República está contente, porque “A maioria do capital é português”. Qual capital? O que vier com a venda dos aviões?
Os liberais do costume irão argumentar que o importante é que o Estado saia da empresa. O Estado português, já que (de novo no JN) a operação vai ser realizada com o apoio do Estado… brasileiro.
Tudo isto para dizer que, uma vez mais, a bota não bate com a perdigota.
Termino com dois radicais de esquerda: Marcelo, na TVI, diz que “a TAP foi praticamente dada”; e Marques Mendes, na SIC, resume: “São uns pândegos”.
Pois, estamos mais aliviados, senhor Presidente.