Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Quando era criança, o pequeno Robert gostava de brincar aos padres. Transformava a tábua de passar a ferro, num altar para a homília. O episódio é relevante, para perceber a vocação precoce. O pequeno Robert, transformou-se no Papa Leão XIV.
Quando era criança, o pequeno Gustavo espalhava bonecos, à sua volta. Dispunha-os em semicírculo e, depois, fingia que eram músicos de uma orquestra, que ele dirigia com gestos de maestro. Dudamel transformou-se num dos maiores maestro do mundo e, até, já dirigiu um concerto para um Papa: Bento XVI.
Luís Miguel Cintra já era grande, quando começou a juntar figuras de cerâmica, que foi espalhando pela casa. Ator e encenador, nos palcos, Luís Miguel gostava de encenar cães de loiça, santos e anjinhos, em casa. Os "trastes velhos" (expressão do próprio) podem ser vistos numa exposição, na Casa do "seu" cineasta de eleição: Manoel de Oliveira.
Para ouvir, aqui:
Em 1982, Manoel de Oliveira teve de vender a casa da família e fez um filme sobre isso. Oliveira tinha mais de 70 anos, tinha consciência de que estava no fim da vida, e decidiu que o filme só seria exibido depois da sua morte. Só que a vida prega-nos partidas e (imagine-se!), às vezes, essa partidas são boas. A vida deu-lhe mais 33 anos. Manoel de Oliveira morreu há 10 anos, aos 106 anos.
Para ouvir, aqui:
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/cineasta-manoel-de-oliveira-morreu-ha-10-anos_a1645148
- Eu não quero fazer fazer "spoiling", mas podes-nos contar mais um bocadinho da história? - perguntou a jovem entrevistadora.
- Bem, - respondeu a jovem atriz - penso que muita gente já conhece a história...
- Ai, sim?!
- Sim, afinal baseia-se num conto de Eça de Queirós.
- Ahh, não tinha realizado.
"Pois não", pensei eu com os meus botões, "por isso é que o Manoel de Oliveira resolveu arriscar".
Já agora, uma das melhores formas de evitar o "spoiling" é apostar no "reading". Estão a realizar?