Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Kim Wilde

por Miguel Bastos, em 13.03.24

 

A minha rádio anda a passar canções da Kim Wilde. Que maravilha. A Kim é uma velha paixão, de quando eu era novo, muito novo. Era gira, loira, fresca, jovem, moderna, elegante, sensual. Adorei a energia de “Kids In America”. Parecia ser feita para miúdos como eu, apesar de eu não ser americano (com muita pena minha). Mas, gostei (ainda) mais de “Cambodia”: uma canção mais moderna e muito mais exótica. O vídeo (o "teledisco", como então se dizia) expandia o exotismo da canção (como os Duran Duran, nos vídeos de "Rio") e Kim estava (ainda) mais gira. Eu tinha uma paixão pela Kim Wild e tinha um plano (infalível) para a conquistar. Sim, eu era uma criança. Mas iria crescer e ser giro como o John Taylor dos Duran Duran. Infalível.
E, agora, a parte inesperada: eu e a Kim não chegámos casar. Eu sei, é difícil acreditar. Eu, próprio, não consigo encontrar uma explicação.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Rimas estrangeiras

por Miguel Bastos, em 08.03.24

godinho.jpg

- Pai, ainda falta muito para chegarmos?
- Um bocadinho.
- Podemos fazer qualquer coisa, para passar o tempo?
- Podemos fazer rimas.
- Começas tu?
- Pode ser: Vamos para o norte / Ou vamos para o sul
- Ahhhh... hummm...
- Desculpa, filho, não deve haver muitas palavras a rimar com "sul".
- Já sei. Podes repetir?
- Sim. Vamos para o norte / Ou vamos para o sul.
- Vamos para a praia / Ou para a swimming pool.

Viu, Godinho? Se um dia destes, precisar de alguém para ajudar nas letras... 
(que, como sabemos, não é o seu forte...)

Autoria e outros dados (tags, etc)

Discos perdidos

por Miguel Bastos, em 01.03.24

agnetha.jpg

Há 20 anos, Agnetha Fältskog, dos ABBA, editou o disco "My colouring book". O título remete para os livros de colorir, da infância. O disco remete para as canções e os cantores que Agnetha ouviu na infância e que lhe moldaram o gosto. Encontramos, aqui, "crooners" dos anos 50, pioneiros do rock and roll e estrelas da pop dos anos 60. E canções de um tempo em que os autores não eram, necessariamente, os intérpretes. Em que as canções eram partilhadas por diferentes cantores. Em que as canções viajavam entre países, eram traduzidas, recebiam letras novas ou arranjos novos para se adaptarem aos intérpretes - por vezes, tão diferentes, que pareciam canções novas.

E é, assim, que encontramos "Fly me to the moon", em ritmo bossa nova, numa versão mais próxima de Julie London do que de Franka Sinatra. Ou "Love me with all of your heart", original dos cubanos Los Hermanos Rigual, que Agnetha canta num registo próximo da versão de Petula Clark , mas que a generalidade dos portugueses conhece na voz de Marco Paulo (Sempre que brilha o sol naquela praia... sinto o teu corpo vibrar dentro de mim...). E é, assim, que ouvimos "What now my love", canção de Gilbert Bécaud que tem dezenas de versões (não estou a exagerar) e que o mundo anglófilo conhece nas vozes de Shirley Bassey, Sinatra (ele, de novo) ou Elvis Presley. Grande parte dos arranjos de "My colouring book", são típicos da época das canções. Mas, na última canção ("What now my love", precisamente), a sonoridade é mais contemporânea. Ao ponto de ter procurado a ficha técnica, pensando que iria encontrar os U2 ou, pelo menos, a dupla Brian Eno / Daniel Lanois.

Infelizmente, o mundo, sempre atento a mais uma compilação dos ABBA, não reparou em "My colouring book". Mais um disco perdido. Mas pronto para ser descoberto.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Masculina

por Miguel Bastos, em 29.02.24

casa de banho.jpg 

Casa de banho masculina, no museu dos ABBA, em Estocolmo.
É coisa de homem.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Joalharia

por Miguel Bastos, em 20.02.24

felt.jpg 

Este disco custou-me 1 650 escudos. Pouco mais de 8 euros, há mais de 30 anos. Uma fortuna, portanto. Nessa altura, a rádio não me pagava um salário - dava-me uma mesada, que eu trocava por joalharia rara. Neste caso, guitarras de filigrana; canções artesanais, sussurradas na voz e cosidas à mão. Imperfeitas. Rarefeitas. Três, de cada lado. Meia hora de música, apenas. Tempo que eu multiplicava, trocando de lado, tocando até à exaustão. 

Em menos de 10 anos, os Felt editaram 10 discos. Uns, mais parecidos com os outros. Outros, mais diferentes dos outros. Todos bons. Este foi o primeiro deles. E foi, também, o meu primeiro. Raro, caro. E precioso, claro!

Música, aqui:

https://youtu.be/rnr95fuXbAk?si=cH5rB0b-nMe9JEdM

Autoria e outros dados (tags, etc)

Seiji Ozawa

por Miguel Bastos, em 09.02.24

ozawa.jpg 

Morreu Seiji Ozawa. O maestro japonês tinha 88 anos. Estudou com Herbert von Karajan, em Berlim; foi assistente de Leonard Bernstein, em Nova Iorque; dirigiu algumas das maiores orquestras do mundo, pelo mundo.
Esta tarde, na Antena 2, recordei a cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno do Japão, em 1998. Primeiro, começou por dirigir o coro e a orquestra, no palco. Depois, apercebemo-nos que havia milhares de cantores, nas bancadas do estádio. Finalmente, juntaram-se vários coros, espalhados pelo mundo: na Ópera de Sydney; na Porta de Brandemburgo, em Berlim ou na Sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Foram milhares de vozes, a cantar Beethoven. E milhões de olhos, a acompanhar Seiji Ozawa, de ouvido.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Quebra-Cotas

por Miguel Bastos, em 08.02.24

- Ó pai, o "Quebra-Nozes" é um bocado música clássica para crianças. Não é?
- É.
- Então, esta música é um bocado Tchaikovsky para jovens. Não é?
- Para jovens como tu ou como eu?
- Como eu, pai.
- Ai sim?
- Sim, tu já és um jovem um bocado cota.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Federação de Futebol

por Miguel Bastos, em 02.02.24

fff.jpg 

- Porque é que tens um disco da Federação Francesa de Futebol?
- Como?!
- Diz, aqui, "FFF".
- Ah, mas isso quer dizer "Federação Francesa de Funk".
- E isso é o quê?
- Uma banda francesa, de música funk.
- Que eu nem conheço....
- Põe a tocar e ficas a conhecer.
- Não achas estranho tu conheceres uma banda francesa, que eu não conheço?
- Não.
- Os portugueses conhecem música que nós, os franceses, não conhecemos.
- Descansa, não são os "portugueses". Sou só eu.
 
Para ouvir, aqui:
 

F.F.F. - Marco (Clip officiel)

Autoria e outros dados (tags, etc)

Em português

por Miguel Bastos, em 31.01.24

david furtado.jpg 

Como é que se diz David Bowie, em português? Ah, já me lembrei: Catarina Furtado.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Morreu Frank Farian

por Miguel Bastos, em 23.01.24

mill.jpg

O inglês tem a expressão "don't judge a book by its cover". À letra, "não devemos julgar um livro pela capa". Em português, dizemos "quem vê caras, não vê corações". Vem isto a propósito da morte de Frank Farian, aos 82 anos. O músico, compositor e produtor ficou conhecido pela criação dos Boney M. e dos Milli Vanilli. Os primeiros, nasceram nos anos 70 do "disco". Os segundos, num caldo musical, na transição dos anos 80 para os anos de 1990. E foi, precisamente, nesse ano, que o caldo entornou. A dupla fazia um playback, para a MTV, quando a gravação encravou. Nada que não pudesse ter acontecido com outra banda. Mas foi na sequência desse acidente, que se soube que nem Fab Morvan, nem Rob Pilatus cantavam nos discos. Eram modelos: davam corpo e estilo a outras vozes. A verdade foi assumida por Frank Farian que, depois desse incidente, editou o disco "The Moment of Truth" ("O Momento da Verdade"), dos "The Real Milli Vanilli" ("Os Verdadeiros Milli Vanilli").
 
Foi, também, na sequência desse episódio, que ficámos a saber que aquele cantor irrequieto dos Boney M (Bobby Farrell), na realidade, não cantava. Que aquela voz grave, de um negro das Caraíbas, era de um branco da Alemanha, entre o louro e o ruivo. Era de Frank Farian, que, na realidade, se chamava Franz Reuther. Esta ideia de dar corpo a vozes e canções foi muito explorada, nos anos 90 - sobretudo, por europeus. A senhora, forte e de meia idade, cantava. A jovem modelo, alta e esguia, aparecia na capa e nos vídeos. Mas, a receita continua a ser explorada. Muita música das grandes estrelas americanas, da atualidade, é feita por compositores e produtores europeus, na Europa ou nos Estados Unidos. De resto, foi nessa américa, dos sonhos, que Frank Farian morreu, hoje, aos 82 anos.

Autoria e outros dados (tags, etc)


Mais sobre mim

foto do autor


Calendário

Março 2024

D S T Q Q S S
12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31

Pesquisar

  Pesquisar no Blog

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D