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80 anos. Dia de celebrar a vida de Chico Buarque. A sua e todas as que tem cantado.
Timor-Leste a caminho dos 20 anos. A jornalista Rita Colaço a fazer (belíssimas) reportagens, na Antena 1. Esta manhã, entrevistou José Ramos-Horta que, amanhã, toma posse como presidente da República. Releio este parágrafo, sobre o golpe de Estado na Indonésia, que, em 1965, instalou Suharto no poder: "Ao todo, foram mortas pelo menos 500 mil pessoas (...) Numa zona do país, os rios ficaram tão repletos de cadáveres que a água deixou de correr." Não é de admirar que um governo, que nasceu com esta violência, não tenha tardado a impor essa mesma violência aos vizinhos mais próximos. 20 anos, Timor. Foi quase um milagre. É quase um milagre.
A entrevista pode ser ouvida aqui: https://www.rtp.pt/play/p517/e618147/espaco-das-10
O parágrafo pertence ao livro "A Guerra Fria", de Odd Arne Westad.
"Eu vou botar um pouquinho de sotaque, um pouquinho só", disse Vinicius de Moraes, antes de oferecer, a Amália, o fado "Saudade do Brasil em Portugal". Foi registado, em 1970, num disco conjunto. Passaram mais de 50 anos, e Caetano (um eterno apaixonado por Amália e pelo fado) repete a gracinha. Bota um sotaque para cantar "Você-Você", com a maravilhosa Carminho - que já cantou o tema de Vinicius e está habituada a cantar com os deuses. A canção está aqui, com um vídeo a registar o momento, mas o disco "Meu coco" merece ser ouvido, de fio a pavio. Começa por nos cantar que "O português é um negro dentre as eurolínguas", para (espero não estar a dar com a língua nos dentes) nos levar aos mais variados "brasis", até desembarcar em "Você-você". Não é, no entanto, o fim da viagem. Depois de um "quase fado", com o bandolim a fazer de guitarra portuguesa, chega a certeza de que "Sem samba não dá". A chegar aos 80 anos, o mais jovem de todos nós, dá-nos um "best off" de inéditos: intemporal e contemporâneo, ousado e familiar. Caetano dá-nos uma obra prima. A obra prima do mano. O mano Caetano.
Não tenho nada contra livros cor-de-rosa. Tenho é falta de tempo. E tenho livros amarelos. Amarelos e belos.
100 anos de Clarisse. Literatura. Cor-de-rosa.
Germano Almeida recebeu o Prémio Camões, no Rio de Janeiro. O escritor ficou surpreendido com a reacção dos cabo-verdianos: "Acho que gostaram mais do prémio do que eu", disse ele. Por isso, dedicou o prémio ao povo de Cabo Verde, mas avisou logo que o dinheiro (100 mil euros) era para ele. Germano Almeida tem muito humor. Por isso, gostava que ele fosse chatear o Camões. Daria um belo livro.