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Theresa May resolveu convocar eleições. Porque o país estava a precisar? Porque perdeu a confiança dos eleitores? Não. Apenas, porque achava que as podia ganhar.
Vamos a um ponto de situação. O seu antecessor, David Cameron, quis ter sol na eira e chuva no nabal. O nacionalismo e o populismo cresceram, dentro e fora do partido conservador, e Camerou achou que podia usar o descontentamento nas negociações com a União Europeia. Ameava sair e, depois, resolvia ficar, com melhores condições. O tiro saiu-lhe pela culatra e Cameron demitiu-se.
Ficou Theresa May que, também, fez campanha pela permanência, e que, agora, é uma entusiasta da saída. Não lhe fez confusão defender uma coisa e o seu contrário. Nem ser primeira-ministra, sem voto popular. Mas as sondagens davam-lhe uma vitória confortavel sobre os trabalhistas e Theresa não resisitiu. Pediu eleições. Só que Corbyn (qual Lili Caneças) provou que estar vivo é o contrário de estar morto. E parece que os trabalhistas vão ter um bom resultado.
Ou seja, May deverá ganhar (mas à justa) e sair fragilizada. Pelo meio, não se discutiu Brexit nenhum; a campanha falou de questões internas e deram-se dois atentados. Atentados que vieram lembrar que foi May quem retirou dinheiro, pessoas e equipamentos às forças de segurança. Teresa queria ganhar por muitos. Mas não vai ganahr nada com isto. Nem ela, nem ninguém. Mas, no fundo, "Ganhar ou perder é desporto".