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Nheca nheca

por Miguel Bastos, em 06.05.25
"Um debate nada nheca nheca" foi o título escolhido para o primeiro jornal de campanha, da Antena 1.
Há onomatopeias que valem mais do que mil palavras.
O "zig-zag" soou requentado. Mas, o "nheca nheca" soou-me a "pumba".
 
"Vamos a votos"? Vamos. "Vrum, vrum".
 
Para ouvir, aqui:
 

 

 

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O apagão

por Miguel Bastos, em 30.04.25
O apagão fez acender um amor, inesperado, à rádio. E o amor é lindo. Digo-o, sem ironia. As páginas das redes sociais encheram-se de postais, com mensagens de amor e fotografias de aparelhos de rádio. Rádios novos, comprados à pressa. Rádios antigos, retirados de caixotes que foram caixões. Rádios ressuscitados. Rádios resgatados à memória: às tardes na aldeia, com a avó; às idas à bola, com o avô. Foi o desfile da rádio nostalgia, da rádio saudade, da rádio a pilhas.

Ora, a rádio não é a pilhas. A rádio é tão boa, que até pode ser a pilhas - o que é muito diferente. Como pode ser digital. E pode ser pod coiso, para os pod-modernos. E pode ter imagem, para os selfie made men. E é wireless, de nascença. A rádio não é coisa do passado. É de agora - como se ouviu, quando não se via nada.

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Num minuto

por Miguel Bastos, em 22.04.25

papa_francisco.jpg

Esta Páscoa, pouco depois de vermos o filme "Conclave" (oh, ironia!), falava de rádio com uma pessoa da família.
 
- Mas, quando é que escolhes os temas da Antena Aberta? - , perguntava-me ela.
- No próprio dia - , respondi-lhe.
- Mas não consegues preparar nada, no dia anterior?
- Às vezes, sim. Mas tenho, sempre, de estar preparado para deixar cair o que tinha pensado.
- Como assim?
- Eu posso ter uma ideia e, de repente, acontece uma coisa que me obriga a mudar o tema.
- De um dia para o outro?
- De um minuto para o outro.
 
Como ontem, infelizmente.

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Parabéns, Público

por Miguel Bastos, em 05.03.25

publico 35.jpg

O Público faz 35 anos e resolveu dar à língua com os leitores.
Fez bem. Parabéns.

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Nunca visto

por Miguel Bastos, em 26.02.25

francisco_sena_santos_rtp-1.1200x0.jpg

- Uau, isto é só gente famosa!
O jovem estagiário, tinha chegado à redação da rádio no dia anterior e, agora, acompanhava-me pelas instalações. Estava excitadíssimo: os apresentadores dos jornais da televisão ("uau, só estrelas!"), dos programas de desporto ("pá, nunca pensei!") e figuras do entretenimento "achas que posso falar com eles?"). Cruzámos o corredor e demos de caras com o Francisco Sena Santos. Não mostrou qualquer excitação.
- Sabes quem é? - pergunto.
- Não faço ideia.
- É o Francisco Sena Santos.
- Ahh...
- Um dos maiores nomes da rádio...
- A sério?!
- de sempre.
- Não estás a exagerar?
- Não.
- Mas é antigo, já não está na rádio...
- Está, está. Todos os dias.
- Nunca o tinha visto.
- É natural. O que é estranho é que nunca o tenhas ouvido.

Para ouvir, aqui:

https://www.rtp.pt/play/p3848/e832642/um-dia-no-mundo

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Manhã

por Miguel Bastos, em 23.01.25

manha noite.jpg 

De manhã é que começa o dia e não-sei-quê
Certo
O problema é que a manhã começa de noite
Pena

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Em Tormes

por Miguel Bastos, em 09.01.25

IMG_1362.jpeg

Em, apenas, dois anos, Francisco Mota Saraiva ganhou o prémio revelação Agustina Bessa-Luís, o prémio José Saramago e uma bolsa Eça de Queiroz - para passar um mês, a escrever em Tormes. Foi lá que nos encontrámos.

Para ouvir, aqui:

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/escrever-para-manter-eca-de-queiroz-vivo_a1626126


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Arroz com favas

por Miguel Bastos, em 07.01.25

canto eça.jpg 

Numa variação d' "A poesia é para comer", de Natália Correia, apresento-vos a receita do "arroz com favas", de Eça de Queiroz.
Não, ele nunca o fez. Só o comeu. Eu, nem, isso.
 
Para ouvir, aqui:

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A nave

por Miguel Bastos, em 20.11.24

fernando.jpg 

N' "Os Dias que Correm", Fernando Alves vem sentar-se na minha rádio, para, depois, correr em todas as direções. Hoje, porém, deixou-se ficar para ver o movimento da própria rádio. Uma "nave espacial" - expressão usada por Carina Jorge, ao passar o comando da rádio a José Candeias que, depois, o passou a Ricardo Soares. Fernando Alves comparou as luzes da "nave espacial" às luzes brilhantes que se movem na Segunda Circular - numa velocidade que vai desacelerando à medida que o dia parece querer acelerar. Na rádio, cruza-se um país a várias velocidades: em vários locais ou no mesmo local. Fernando destaca a história de Inês Martins, com dois jovens a cruzar duas pontes do Tejo: de uma margem para a mesma. Uma viagem, rumo a um destino que parece o regresso à casa da partida, e que demora duas horas para fazer um percurso que deveria demorar meia hora, apenas. A dada altura, Fernando declina: a rádio é uma "nave espacial", é uma "nave especial". "E la nave va".
 

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Os comunicadores

por Miguel Bastos, em 08.11.24

estudio.jpg 

Esta manhã, no "Fuso horário" da Antena 1, a ligação foi a Roma. O jornalista "de desporto" falava de Giorgia Meloni e da admiração, da primeira-ministra italiana, por Donald Trump. Depois, falou sobre a nova regulamentação do vestuário para turistas, em espaços como igrejas ou museus. De seguida, o editor, em estúdio, perguntou: "o árbitro não podia ter apitado mais cedo?" Quem não sabia, ficou, então, a saber que o FC Porto tinha perdido com a Lazio, por 2-1. Fechada a conversa, o locutor do programa da manhã passou a canção "Laura non c’è", do cantor Nek, que fez bastante sucesso, nos anos 90, antes de cair no esquecimento. Maravilha!
 
Durante anos e anos, a rádio foi-se formatando e deixou de falar para o público "em geral" para falar, diretamente, para públicos específicos (os decisores, os jovens, as mulheres). Pelo caminho, os seus profissionais também se formataram. Se é certo que ninguém tem a capacidade de falar "de tudo", "para todos, também é verdade que a especialização progressiva foi retirando capacidade de comunicação aos "comunicadores".
 
A rádio (alguma rádio) já se apercebeu disso. E tem tentado fazer caminho, na direção contrária. Claro que ter comunicadores como o o Frederico Moreno, o Fernando Eurico e o Ricardo Soares ajuda muito.

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