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O jornal Sol está a avançar que o novo curso de medicina da Católica vai ser ministrado em inglês. Parece-me bem, até porque os ingleses precisam muito que os profissionais de saúde portugueses falem inglês. Lembram-se do agradecimento de Boris Johnson ao enfermeiro "Luís, from Portugal"? Essas coisas nunca se esquecem. Mas, já agora, convém recordar que os ingleses não são lá muito católicos.
Já não há Sol na eira. Só chuva no nabal. Os jornais “Sol” e “i” estão à beira da morte. O grupo angolano Newshold desistiu dos dois jornais. Ambos têm problemas graves, desde o seu nascimento. O “i” nasceu com Martim Avillez Figueiredo (agora no grupo de Balsemão), André Macedo (actual diretor do DN) e o (agora famoso) Grupo Lena. Ao fim de um ano, os proprietários e a direcção do jornal estavam em conflito. Depois, o "i" andou de mão em mão. Agora, chegou aqui. O “Sol” foi mais um jornal fundado (por um ex-diretor) com o objectivo de vender mais do que o Expresso (como o Semanário e o Independente). Os resultados estão à vista.
Espanta-me, pois, ler alguns comentários online: “não prestam”, “já vão tarde”, “não fazem falta”, etc. Os jornais fazem falta. São essenciais à democracia. São fonte de informação, de conhecimento, de entretenimento. Mas, para muitos, nada disso interessa. Nem os mais de cem trabalhadores que vão para a rua. Se ficarem alguns, vão ficar em condições ainda mais precárias.
E, depois, os jornais vão ficar piores. E, depois, dizemos que não prestam. E, com isto, não percebemos que perdemos todos.