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Parabéns, Público

por Miguel Bastos, em 05.03.25

publico 35.jpg

O Público faz 35 anos e resolveu dar à língua com os leitores.
Fez bem. Parabéns.

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Anos 90

por Miguel Bastos, em 25.02.25

Hoje, mergulhei, a fundo, nos anos 90. Fui ao hipermercado, em calças de fato de treino. Comprei o jornal, em papel. Paguei, em dinheiro.
Se não fosse o senhor reformado, a jogar “online” com o vizinho do lado, e a avó modernaça, a falar alto no “whatsapp”, tinha sido uma experiência e pêras.
Bem, vamos lá regressar ao futuro. Enter.

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Bond, Jeff Bond

por Miguel Bastos, em 21.02.25

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No filme "O amanhã nunca morre", James Bond luta contra um magnata dos media. O plano do magnata é simples: provocar uma guerra mundial; transmiti-la para todo o mundo; fazendo, assim, crescer o seu império. Como acontece em todos os filmes da saga 007, a história começa mal e acaba bem, graças ao protagonista:
Bond, James Bond.
 
Comentou-se, na altura, que a figura do magnata tinha sido inspirada em Rupert Murdoch. O empresário começou a sua carreira com um pequeno jornal da família, na Austrália, e ganhou influência mundial com a compra de jornais como o "The Sun", o "The Times", o "Wall Street Journal" e o "New York Post". O império alargou-se, depois, ao mundo editorial (HarperCollins) e à televisão (Sky e Fox).
 
Entretanto, a dimensão dos magnatas cresceu, com o desenvolvimento da informática e da internet: Bill Gates, Steve Jobs, Mark Zuckerberg, Elon Musk, Jeff Bezos. Este último, acaba de comprar o 007. Veremos como continua a saga. 
Bond, Jeff Bond.

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Piano de pau

por Miguel Bastos, em 16.01.25

jornais.jpg 

Tom Jobim ficou horrorizado, quando ouviu o pianista César Camargo Mariano chamar "piano de pau" ao piano acústico. "De pau", por oposição ao piano elétrico - que era de plástico. O episódio é contado por Ruy Castro no livro "O ouvidor do Brasil - 99 vezes Tom Jobim" e leva-o a uma reflexão mais alargada: "quando surge uma nova tecnologia, é a mídia antiga que muda de nome, e não o que acabou de chegar. Quando apareceu o CD, feito de metal, o velho LP passou a ser chamado de 'vinil', que é o material com que ele era fabricado. Porque não deixaram o nome LP em paz e, em vez disso, chamaram o CD de 'metal'?" E, a seguir: "Por que o telefone, diante dos celulares e 'smartphones', deixou de se chamar só telefone e tornou-se 'telefone fixo'? Por que o jornal, que há séculos nos abraça quando o abrimos de manhã, passou a ser chamado, diante dos jornais 'on-line', de 'jornal impresso' ou 'de papel'?"
 
São excelente questões. Querem ser novos? Ótimo! Mas arranjem um nome, por favor, não mudem o nome aos mais velhos. Sobretudo, quando os estão a imitar. Jobim tinha razão. Piano de quê? É preciso ter cara de pau!

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Coincidências

por Miguel Bastos, em 26.09.24

coincidencias.jpg

Nuno Pacheco assinala a coincidência, hoje, no Público,: "no mesmo ano em que Manuel Alegre escrevia esta sua trova ['Trova do vento que passa'], 1963, era editada do outro lado do Atlântico mais uma canção a falar do vento, 'Blowin' in the wind'".

A coincidência é destacada no livro "Canções da Liberdade, a Política Cantada em Portugal e no Mundo (1964-1974)". Nuno Pacheco evoca, depois, outros livros que abordam o tema da canção política: entre eles o recente (e excelente) 'A Revolução antes da Revolução', de Luís de Freitas Branco.

Outra coincidência: este texto está nas costa de outro, também no Público, 'À volta da aparelhagem',  onde Miguel Esteves Cardoso reflete sobre a falta de discussão dos mais jovens, à volta do prazer de ouvir música e ver televisão, em conjunto, lamentando que já ninguém o faça.

Terceira coincidência: escrevo este texto, enquanto tento adivinhar o que Capicua estará a conversar, no estúdio que fica debaixo dos meus pés, com o autor de um disco que se chama, precisamente, 'Coincidências': Sérgio Godinho.

Coincidências. Que as há, há. Felizmente.

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Pagar jornais

por Miguel Bastos, em 05.02.24

20240205_113737.jpgDe facto, estar de folga é muito desagradável. Ter de pagar para ler o jornal, num local desinteressante, que serve café mediano e pastéis de qualidade muito questionável. Enfim...

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Livro e jornais

por Miguel Bastos, em 18.12.23

Paul Auster, a escrever sobre livros e jornais, no livro 4 3 2 1.

"O encanto dos jornais era completamente diferente do encanto dos livros. Os livros eram sólidos e permanentes, e os jornais eram efémeros e finos, descartados logo que tinham sido lidos, para serem substituídos por outros na manhã seguinte, todas as manhãs um jornal novo para o dia novo. Os livros avançavam numa linha reta do princípio ao fim, ao passo que os jornais estavam sempre em vários sítios ao mesmo tempo, uma miscelânea de simultaneidade e contradição, com múltiplas histórias a coexistirem na mesma página, cada uma expondo um aspeto diferente do mundo, cada uma a afirmar uma ideia ou um facto que nada tinha a ver com a que estava a seu lado, uma guerra à direita, uma corrida de ovo e colher à esquerda, um edifício a arder em cima, uma reunião de escuteiras em baixo, coisas grande e pequenas misturadas (...)".

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O tio solteiro

por Miguel Bastos, em 06.04.23

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Temos uma relação estranha, eu e o Portugal em Direto. Gostamos um do outro, mas vemo-nos pouco. Sou uma espécie de tio solteiro - desses que toda a gente tem, na família. Mando uns postais, de vez em quando. Faço uma visita, de vez em quando. Trago guloseimas, de vez em quando. Acho que o Portugal em Direto gosta de mim, apesar de eu não morar no estrangeiro, nem ter um descapotável, como alguns desses tios. Hoje, o Portugal em Direto trouxe-me companhia - a jornalista Teresa Silveira que, apesar de ter a vida inscrita na imprensa escrita, parece que nasceu para a rádio.

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A promessa

por Miguel Bastos, em 06.03.23

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Mergulhei neste livro, sem consciência da profundidade. Algo que não me é muito comum. Bem sei que muita gente diz que não liga a críticas, a artigos ou entrevistas com os escritores. Não é o meu caso: ajudam-me a descobrir autores, apontam-me caminhos. O nosso tempo é limitado e a oferta infinita. Portanto, é bom ter quem nos ajude a poupar tempo e (já agora) dinheiro. Não me passa pela cabeça entrar numa sala de cinema, e só no instante em que começa o filme, ter consciência que, afinal, é um filme de "carros e gajas e porrada". Ou comprar um disco às escuras e descobrir que, afinal, é de música pimba.
Sobre "A Promessa", nada sabia. Nem sequer conhecia o autor: Damon Galgut. Na capa, abaixo do seu nome, a inscrição "Vencedor Booker Prize 2021". Na badana, do lado esquerdo, ficamos a saber que este é o seu terceiro livro. Os dois primeiros já tinham sido candidatos ao Prémio. Na contracapa, os elogios de jornais reputados: "The Guardian", "The Times", "The New Yorker". "Aparentemente, temos escritor", pensei. Temos. Que escritor!
Mergulho, em apneia, no livro "A Promessa". É uma saga familiar - tema comum na literatura - passada na África do Sul. A história decorre ao longo de mais de 30 anos. Durante este período, o país livra-se do "apartheid", mas muitas cicatrizes continuam por sarar. A família, estilhaçada, vai morrendo: um de cada vez, nas mais diversas circunstâncias, dando lugar a diferentes tipos de funeral. Esta é a única altura em que a família (ou que vai restando dela) se encontra. Estamos perante um drama épico, sobre anti-heróis, com mortes súbitas e silêncios eternos. Há uma promessa, claro está. Mas, essa, não é para contar.

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Pelé

por Miguel Bastos, em 30.12.22

gil pele caetano.jpg 

Pelé morreu. Na rádio, na televisão, nos jornais, lembram o epíteto: "rei". O rei Pelé. O meu coração republicano lembrou-se, no entanto e de imediato, que Pelé foi ministro do desporto, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Um homem negro, pouco escolarizado, vindo da pobreza, catapultado (pelo futebol) para o estrelato mundial, era, agora, ministro. Poucos anos depois, outro negro famoso tomou posse como ministro (desta vez, da cultura): Gilberto Gil. Não faço ideia se foram bons ministros, mas não posso deixar de pensar o quão inspirador terá sido, para tantos jovens negros e pobres, ver dois dos seus serem empossados no cargo de ministros. Aqui, os dois posam para a fotografia. Há um terceiro, na fotografia: Caetano Veloso. Um "negro quase branco", que nunca foi ministro, mas que, há muito, reina no meu coração republicano.

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