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Podia começar assim: "Enquanto o governo via as contas do PS, os portugueses faziam contas à vida". Mas, a frase anda longe dos factos. Primeiro, porque antes do PS apresentar as suas contas a oposição já tinha ensaiado o seu discurso do “estamos de volta a 2009”. Segundo, porque os portugueses, em vez de fazer contas, apostam nos jogos da Santa Casa. As contas foram apresentadas hoje. Diz-nos o Expresso: “Jogos da Santa Casa registaram máximo histórico em 2014”.
Um país em crise, com a Troika à perna, com cortes na saúde e na educação de que não há memória, com taxas de desemprego recorde, com uma emigração que lembra os anos 60, gasta 1880 milhões em Euromilhões e Raspadinhas.
Por isso, acho graça ao argumento do cheque em branco: “Os portugueses não querem voltar a passar um cheque em branco, nas próximas eleições”.
Vejam as contas da Santa Casa. Os portugueses são especialistas a passar cheques em branco. No ano passado, passaram um cheque de quase dois mil milhões. Com um pouco de sorte, até podem ficar milionários. O melhor, é confiar na sorte.