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Joe Jackson é um artista surpreendente. Começou na ressaca do punk, com uma mistura de pop, rock e reggae. Uma receita que o colocou perto de Elvis Costello ou dos Police. Ao quarto disco, porém, Joe Jackson deixou toda a gente de boca aberta, ao abordar standards do jazz e do swing, em "Jumpin' Jive". A seguir, numa altura em que as guitarras dominavam a pop britânica alternativa, manteve um certo tom "jazzy" e mergulhou na soul, no funk e na música latina. E, depois, na música clássica e contemporânea, novamente no jazz, e, mais tarde, regressou às guitarras. É difícil desenhar-lhe o percurso. Porque não é uma estrada. É mais o organograma exibido neste "Best of", de 1990. Com um organograma destes, voto em Joe Jackson para empregado do mês.
Reencontrar um bom disco é como reencontrar um velho amigo. Reencontrei "Body and Soul", de Joe Jackson. Repousava (há demasiado tempo) numa estante lá de casa. O sexto disco de Joe Jackson desenvolve a receita do anterior, "Night and Day": uma mistura de pop, soul, funk, jazz e música latina. "Body and Soul" é um "espetáculo de luz e cor", para dar vida a estes dias cinzentos.