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Camilo faz 200 anos e permanece moderno. A sua vida dava vários filmes. Escreveu-a, em mais de 140 livros.
- Então, sempre vai haver eleições antecipadas...
- Sim, na Madeira. Aquilo não ata, nem desata. São as terceiras eleições, em menos de...
- Não, eu estou a falar...
- ... das autárquicas? Bem, em Lisboa, o PSD vai repetir o candidato e o PS avança...
- Mas, quais autárquicas?! Refiro-me…
- Às presidenciais, claro. O PS continua sem candidato e o almirante...
- Eu estou a falar das legislativas.
- O que é que tem?
- Então?! Vamos ter eleições legislativas.
- Ai, sim? Desculpa, eu de eleições percebo pouco.
Foi um gosto conversar sobre o livro "Aqui Onde Ardo e Canto", com o escritor Francisco Mota Saraiva e com o professor Carlos Fiolhais, em Coimbra.
"Aqui Onde Ardo e Canto" é uma estreia surpreendente, do escritor, e exige, ao leitor, um mergulho em apneia - ou um salto no escuro - que implica o risco de perder os sentidos, até o livro ganhar sentido. Um livro forte, intenso e desconcertante, que, primeiro, nos obriga a ganhar coragem e, depois, a mantê-la até ao fim. Chegados ao fim, fica-nos colado à pele, como o cheiro do Africano no corpo e nos sonhos de Rosália, a preta.
Arde, mas não cura.
Os portugueses não existem. É uma das conclusões a tirar do Festival da Canção. Existem uns, existem outros, e existe a combinação de uns com os outros.
Ontem, apresentaram-se a concurso doze propostas artísticas muito diferentes. A canção que tinha concluído a votação do júri com zero pontos recebeu 12 pontos do público. A canção mais votada pelo júri não foi a canção que venceu. Houve empate entre duas canções e, em caso de empate, ganha a canção mais votada pelo público. Num mundo cada vez mais polarizado, ganhou a canção que fez o melhor compromisso. Interessante.
O Reizinho fez 70 anos e a 3 decidiu pintar o 7, que à dezena é mais barato.
Pensei que fosse rádio, mas, afinal, é um "pod moderno", com hétero citações para ouvir "em câmara lenta como na TV". E é tão bom que mais parece cinema, que o Reizinho estudou, mas não travou.
Parabéns a vocês: Luís Oliveira, Raquel Morão Lopes, Cláudio Calado, Edgar Barbosa, Rui Fonseca.
Uma salva de palmas.
Para ouvir, aqui:
https://www.rtp.pt/play/p14637/e833153/homem-temporariamente-so
Não percebo muito de meteorologia. Mas, a julgar pelo clima político, parece que chegámos ao tempo das moções.
- Uau, isto é só gente famosa!
O jovem estagiário, tinha chegado à redação da rádio no dia anterior e, agora, acompanhava-me pelas instalações. Estava excitadíssimo: os apresentadores dos jornais da televisão ("uau, só estrelas!"), dos programas de desporto ("pá, nunca pensei!") e figuras do entretenimento "achas que posso falar com eles?"). Cruzámos o corredor e demos de caras com o Francisco Sena Santos. Não mostrou qualquer excitação.
- Sabes quem é? - pergunto.
- Não faço ideia.
- É o Francisco Sena Santos.
- Ahh...
- Um dos maiores nomes da rádio...
- A sério?!
- de sempre.
- Não estás a exagerar?
- Não.
- Mas é antigo, já não está na rádio...
- Está, está. Todos os dias.
- Nunca o tinha visto.
- É natural. O que é estranho é que nunca o tenhas ouvido.
Para ouvir, aqui:
https://www.rtp.pt/play/p3848/e832642/um-dia-no-mundo