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- … e então o professor começou a falar de vulcões: como é que eles se formam, quando é que entram em erupção, como é que se chamam as coisas que saem de dentro do vulcão…
- Que interessante.
- Mas, entretanto, desatou-se tudo a rir.
- Ai sim, porquê?
- Por causa do nome: “piroclasto”.
- O que é que tem?
- Não sei. Faz pensar noutras coisas: pi-ro-clasto.
- Ahh…
- Tenho fome.
- Vamos lanchar?
- Sim. Ó pai, quando é que tu e a mamã pensaram em ter outro filho?
- Queres, portanto, que eu te fale do meu piroclasto?
- Esquece, pai. Já me arrependi de ter feito a pergunta.
Esta manhã, a rádio alertou-me para a chuva. Abri a pestana e olhei para o telemóvel: só chove depois das 10. Abri a persiana e pareceu-me ver chuva. De resto, não fui o único. Vi pessoas, na rua, a passar de guarda-chuva. Saí para rua, antes das 10. Pareceu-me, mesmo, que estava a chover. Mas, resisti. Eu não sou pessoa para me deixar enganar por perceções.
- O que é isso, pai?
- O quê?
- Tens uma borbulha no nariz!
- É a adolescência, a chegar.
- Oh, pai, tu tens mais de 50 anos!
- Mas ninguém me dá mais de 20.
- Achas!?
- Então? Com borbulhas e tudo... Estou cada vez mais novo!
O Napoleão andou a gastar o dinheiro todo em joias. Depois, vieram os ladrões, roubaram-lhe o Louvre e tem sido uma grande confusão em França. Sinceramente, de um imperador francês esperava-se mais do que uma imitação manhosa de um rapper americano. Enfim, a mania do bling bling…
https://www.rtp.pt/noticias/pais/gnr-celebram-45-anos-nos-coliseus_n1691945
As pessoas adoram chegar a uma cidade e conhecer as tradições locais. Em Aveiro, por exemplo, existe uma tradição muito, muito antiga, que consiste em colocar uma fita colorida de nylon, nas pontes da cidade. (Há lá coisa mais única e tradicional do que o nylon). É uma tradição que eu julgava secular, mas que, afinal, é milenar, já que nasceu neste milénio. Ah, a tradição...
Ontem, ouvi o discurso do presidente da República, na Assembleia Geral da ONU. Começou em inglês, introduziu o português, derivou para o francês, aflorou o espanhol, regressou ao inglês. O presidente a falar de paz e cooperação e, eu, a pensar no Jorge e no Manel. Os dois foram colegas de liceu e continuam amigos. Bom aluno, o Jorge gostava de línguas estrangeiras, foi para a universidade estudar línguas modernas, tornou-se professor. O Manel saiu cedo da escola, para ajudar o pai nas canalizações. Permanecem inseparáveis. Pensei neles, enquanto ouvia o presidente a alternar o discurso, de uma língua para a outra. Disse, um dia, o Manel - à espera da noite, numa tarde de copos
- Eh, Jorge, tu és um gajo "muita" troglodita, não és?
- Sou um gajo o quê?
- Troglodita.
- Porque é que dizes isso?
- Então, falas muitas línguas!
- Poliglota, queres tu dizer!
- Ou isso. É a "mema" m**da! É a "mema" m**da!
Volto a pensar na ONU. Se estiver atenta, a organização ainda vai adicionar estes dois à lista do património da UNESCO.