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Rei morto, rei posto

por Miguel Bastos, em 17.09.25

misia.jpg 

Chamam-lhe "desporto-rei". Talvez por praticar, repetidamente, a velha máxima "rei morto, rei posto". Ora, eu, que não sou praticante - nem de Fátima, nem de Futebol - lembrei-me de um Fado. Fala de lage. Diz assim:
 
"Meu amor deixou-me um dia
Pus a mão na lage fria
Dei-o assim por enterrado"
 
Para ouvir, aqui:

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Eu e Mourinho

por Miguel Bastos, em 20.08.25

mourinho.jpg 

A dada altura, por mera coincidência, cruzava-me com José Mourinho, num café, à hora do almoço. Chegámos a dizer "olá" e "boa tarde", de raspão. Nessa altura, ele estava a começar a sua carreira de treinador. Eu ensaiava a entrada para uma carreira na função pública. Nessa altura, ele já devia ganhar mais do que eu. Talvez umas 4 ou 5 vezes mais, não sei. Isto, foi antes de começar a ganhar 10, 100, 1 000, 10 mil vezes mais. Enfim, senti que as nossas carreiras não seguiram, propriamente, na mesma direção. Não tenho inveja, mas tenho pena. Coitadinho de mim.

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Julio Iglesias

por Miguel Bastos, em 09.07.25

julio iglesias.jpg 

Venho, por este meio, informar Vossas Excelências, que o cantor Julio Iglesias não me interessa nada.
Obrigado.

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Munique

por Miguel Bastos, em 09.06.25

munique.jpg 

Já fui muito feliz, em Munique. E mais do que uma vez. Mas nunca vezes demais.

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João Gobern

por Miguel Bastos, em 15.05.25

gobern.jpg 

Para muita gente, o João Gobern é aquele "gajo gordo do Benfica, que agora é magro". Sim, é esse, o da televisão. Mas não é esse que eu conheço. Para mim, criança com pouco mais de um metro e pouco mais de 20 kg, o João Gobern era um nome com um texto grande e uma foto pequenina na Música e Som e no Se7e. Escrevia sobre os meus heróis da música e entrevistava alguns deles. E, ao fazê-lo, ele próprio tranformava-se num herói. Depois, já adolescente - com o meu corpo a resistir a ganhar peso e altura - continuei a seguir o Gobern: na rádio (Comercial, TSF, Antena 1); nas revistas (Visão, Focus, Sábado), nos jornais (Independente, DN). Há décadas que o João é um produto multimédia.
 
Entretanto, os meus olhos ganharam idade e miopia e passei ver o João no trabalho: no meu, no nosso. Escrevo este texto, com o João (de herói a "boy next door") a trabalhar num estúdio a dois metros de mim e a espreitar o novo livro do Gobern, que o João deixou na minha secretária. Chama-se "Tira o Disco e Toca ao Vivo" - uma variação sobre a expressão "Vira o disco e toca o mesmo". Fala sobre a indústria musical em Portugal, onde (à semelhança do resto do mundo) o disco tornou-se um objeto raro, usado para abrir portas ao mercado da música ao vivo. Ainda não li - o livro caiu-me agora no colo - mas já estou a gostar. Desde logo, pelo tema; depois, pelo nome dos capítulos (são nomes de canções portuguesas) e, finalmente, pela dedicatória que me fez: "Para o Miguel, com quem tenho o prazer de trocar umas bolas sobre (mais) esta paixão que nos aproxima - a da música."
 
Obrigado, João. Devia retribuir, mas não escrevi nenhum livro para a troca. Se calhar, devia-te comprar uma capa - daquelas, de super-herói.

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Ai, ai, ai!

por Miguel Bastos, em 19.11.24

- Ai, ai, ai!
- O que foi, filho? A rebolar no chão?!
- Ahhh...
- Dói assim tanto?
- Dói. O mano bateu-me no ombro.
- Mas estás a agarrar o joelho!
- Eu sei, pai.
- Isso não faz sentido.
- Faz, sim, pai.
- Não percebo.
- Eu sou jogador de futebol, pai. Estou a praticar.

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Manchester

por Miguel Bastos, em 12.11.24

IMG_1136.jpeg 
Ruben Amorim resolveu mudar-se para Manchester. Não percebo o entusiasmo. Assim, de repente, não me ocorre nada de interessante em Manchester.

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Os comunicadores

por Miguel Bastos, em 08.11.24

estudio.jpg 

Esta manhã, no "Fuso horário" da Antena 1, a ligação foi a Roma. O jornalista "de desporto" falava de Giorgia Meloni e da admiração, da primeira-ministra italiana, por Donald Trump. Depois, falou sobre a nova regulamentação do vestuário para turistas, em espaços como igrejas ou museus. De seguida, o editor, em estúdio, perguntou: "o árbitro não podia ter apitado mais cedo?" Quem não sabia, ficou, então, a saber que o FC Porto tinha perdido com a Lazio, por 2-1. Fechada a conversa, o locutor do programa da manhã passou a canção "Laura non c’è", do cantor Nek, que fez bastante sucesso, nos anos 90, antes de cair no esquecimento. Maravilha!
 
Durante anos e anos, a rádio foi-se formatando e deixou de falar para o público "em geral" para falar, diretamente, para públicos específicos (os decisores, os jovens, as mulheres). Pelo caminho, os seus profissionais também se formataram. Se é certo que ninguém tem a capacidade de falar "de tudo", "para todos, também é verdade que a especialização progressiva foi retirando capacidade de comunicação aos "comunicadores".
 
A rádio (alguma rádio) já se apercebeu disso. E tem tentado fazer caminho, na direção contrária. Claro que ter comunicadores como o o Frederico Moreno, o Fernando Eurico e o Ricardo Soares ajuda muito.

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Badminton

por Miguel Bastos, em 08.10.24
- Não estás a ver, pai, estou mesmo cansado!

- Acredito, filho.

- Tive jogo no fim-de-semana, treino de futebol, educação física…

- Não é fácil, a vida de um atleta.

- A sério, pai, dói-me tudo. Eu estava a jogar badminton e estava mesmo mal.

- É normal que te sintas mal a jogar badminton.

- É?

- Daí o nome. Se te sentisses bem, chamava-se goodminton.

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Trafulhices

por Miguel Bastos, em 27.06.24

futebol.jpg 

- Então, porque é que os nossos produtos não a estão a vender? - perguntou o diretor.
- Estão vender, chefe. Menos, mas estão.
- Eu sei que estão, mas estamos muito longe da liderança. Alguém quer-me dizer porquê?

E, então, chegavam as justificações:
"por causa das importações diretas", "das promoções agressivas", "das regras da grande distribuição", do "dumping".

- Estamos a falar de coisas fora da lei? Se estamos, têm de ser denunciadas - continuava o diretor.
- Anda, para aí, muita trafulhice, chefe. Por isso é que os tipos estão a vender mais do que nós.
- Mas, nós já estivemos muitas vezes na liderança.
- Pois, chefe, mas agora...
- "Mas agora"... Acham, mesmo, que só há trafulhice quando estamos a perder? Ninguém acredita nisso.
- Acha que não?
- Só se for no futebol. Mas não lhes serve de nada.

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