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Os políticos têm cor? Aparentemente, sim. Sempre se falou da “laranjinhas” ou dos “vermelhos”. Mas, até agora, a cor era dos partidos, não dos políticos em si. Acontece que, pela primeira vez, temos uma ministra “de cor”. De resto, o governo vai ser liderado por um primeiro-ministro com mais “cor”, do que o costume. António Costa tem origem goesa.
É quase inevitável que a cor dos políticos seja assunto. Do mesmo modo que ser político e mulher, ainda é assunto. Na edição de ontem, o Público começou a sua análise à composição do governo por aqui. Na altura, ainda não se sabia que o governo ia ter um secretário de Estado de origem cigana e uma secretária de Estado invisual. Porquê? “Porque estamos em 2015”, como disse o novo primeiro-ministro canadiano.
O tema da “diversidade” é sempre delicado. Afinal, não se deve convidar pessoas para o governo, “apenas” porque são mulheres, ou negros. Mas, a composição do governo reflete o nível de desenvolvimento de uma sociedade. E aquilo que temos visto, é que a formação dos governos reflete, ainda, uma sociedade estratificada, elitista, demasiado fechada sobre si. Que isso esteja a mudar, só pode ser bom sinal. “Porque estamos em 2015”.