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Queridos amigos. Não se esqueçam que amanhã é um dia especial. Pronto, já avisei. Não precisam de agradecer. Enfim, sou mais que vosso pai.
- Tu não tens de estudar, filho?
- Não.
- Mas sabes que tens teste de português?
- Sei.
- E então?
- Aquilo é chegar lá e inventar uma “escrevinhatura” qualquer.
- Sabes que “escrevinhatura" não existe, não sabes?
- Sei. Estava só a ser “engraçoso”.
"Como está a carteira dos portugueses?", pergunta a Antena 1. A minha está assim: velhinha. Sei que vou ter de a trocar, mas custa-me. Custa-me sempre, mas, desta vez, custa-me ainda mais. Aquele autocolante, colado no lado esquerdo da minha velha carteira, é do mais novo, quando era mais novo. Quando era tão novo, tão novo, que ainda não era nascido. Nesse dia, em que se preparava para nascer, colei o mais novo na carteira. É onde está, até hoje. Na velha carteira, do mais velho. Eu.
- Ai, ai, ai!
- O que foi, filho? A rebolar no chão?!
- Ahhh...
- Dói assim tanto?
- Dói. O mano bateu-me no ombro.
- Mas estás a agarrar o joelho!
- Eu sei, pai.
- Isso não faz sentido.
- Faz, sim, pai.
- Não percebo.
- Eu sou jogador de futebol, pai. Estou a praticar.