Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A ficção, científica ou não, tem a grande vantagem de antecipar a realidade. David Walliams escreveu este livro, antes dos milionários deste mundo desatarem a viajar no espaço, a preços de outro mundo. Os protagonistas são dois hipopótamos. Um deles é muito rico e tem tudo: a começar por um nome mais comprido que um camião - o que é um anacronismo em tempos de conquista espacial. A outra (sim, é uma "hipopótama") tem amigos, imaginação e cocó. Sim, cocó. Não vou contar o fim da história, porque isso seria uma deselegância. Vou apenas dizer que o dinheiro não compra tudo, felizmente.
- Hoje à noite, vou a partir a tua casa toda.
- Oh, que horror! E, agora, para onde é que eu vou?
- Podes ir para minha casa. Lá estarás em segurança.
- Obrigado.
Este diálogo parece ficção portuguesa, de má qualidade.
Infelizmente, é realidade ucraniana, de triste atualidade.
Se fosse uma obra de ficção, chamava-lhe "Cinismo sem limites".
Assim, não sei como é que lhe hei de chamar.