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"Essa já foi fora do tempo", diz Jerónimo de Sousa, a sorrir. O secretário-geral acusa o toque, mas dá a vantagem ao infrator. Faz parte do jogo. A editora de política da Antena 1, Natália Carvalho, tinha acabado de fechar a entrevista com um "Obrigado pela entrevista que, espero, não seja a última como secretário-geral do PCP". Jerónimo sorriu. Antes, tinha respondido à pergunta "Onde é que vai estar nos dias 3, 4 e 5 de Setembro de 2021?" com um "Espero que na Festa do Avante". "No palco, a discursar?", insistiu a jornalista, "Veremos quem será o secretário-geral". Jerónimo de Sousa acha que o atual Presidente da República quer impor um bloco central e admite votar contra o próximo Orçamento do Estado. Assume convicções firmes e posições que poderão ser contestáveis. Mas fá-lo sem gritar, com respeito pelos adversários. E sorri, quando podia fazer fita e atirar-se para o chão.