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Morreu o poeta Joaquim Pessoa. Gostava de conhecer melhor o seu trabalho poético. Vou adiando para "um dias destes", que é um local habitado por muitos poetas e escritores. Conheço Joaquim Pessoa, das canções. A rádio e os jornais destacam (bem) a "Amélia dos olhos doces" (Carlos Mendes) e "Lisboa, menina e moça" (Carlos do Carmo). Mas é curto. Ele tem tantas canções! Só no disco "Uma canção para a Europa", que corresponde às canções do Festival de 1976, Carlos do Carmo canta três poemas seus: "Lisboa Menina e Moça" (em parceria com Ary dos Santos), Cantiga de Maio (não confundir com a canção de José Afonso) e "Onde é Que Tu Moras?" (uma das canções da minha vida). Só essa, já era muito. Mas há mais, muitas mais.
Fernando Tordo anda a cantar "Adeus tristeza", há mais de 35 anos. É uma das canções tristes, mais tristes que eu conheço. Arrepiava-me ao ouvi-la na rádio (ainda me arrepia). Arrepiava-me ao ver Fernando Tordo a cantar "a tristeza" ao vivo, encharcado em suor, num espetáculo da Aula Magna transmitido na RTP. A intensidade da música e da interpretação faziam de Tordo uma espécie de Brel: um pouco mais gordo, um pouco mais luso. "Adeus tristeza", cantava num quase grito, mas a tristeza teimava em ficar. Até agora. Fernando acaba de regressar à canção, num dueto com Héber Marques, dos HMB. E a tristeza disse "Adeus", pela primeira vez. Lindo.