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Viagem ao Peru

por Miguel Bastos, em 10.02.25

machu picchu.jpg 

Vou dizer uma banalidade (é uma das minhas especialidades): gosto muito de viajar. Quando eu era mais novo, tinha muitos amigos que trocavam as férias por trabalhos que lhes permitiam pagar as roupas da moda, ou, mais tarde, a entrada para um carro em segunda mão. Eu fiz o contrário: troquei as roupas e o carro, pelas férias e pelas viagens. O dinheiro, curto, dava sempre para qualquer coisa excitante.
 
A Ana Jordão e a Joana Ferraz têm um programa sobre viagens, na RDP Internacional, e convidaram-me para falar sobre uma viagem que me tivesse marcado. Escolhi o Peru. Uma viajem que se previa gloriosa, até ao Machu Picchu. Onde, em vez de chegar como um conquistador, cheguei como um moribundo.
 
A conversa, animada, (obrigado Ana e Joana!) pode ser ouvida aqui:

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Mochileiro

por Miguel Bastos, em 27.08.24

mochileiro.jpg

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Ler nas férias

por Miguel Bastos, em 26.08.24

ler ferias.jpg

Durante muito tempo, não lia nas férias. Achava esquisito. Os livros levam-me para outro sítios. E eu já estava noutro sítio. E era nesse sítio que eu queria estar.
 
Para as Berlengas, no entanto, fiz questão de levar um ou dois livros. Nas Berlengas, há (mesmo) muito pouco para se fazer. De maneira que me lembro de ficar a ler, virado para o mar - a alternar as páginas, com o horizonte, a partida e chegada dos barcos, o avanço da tarde e da sombra.
 
Noutra ilha, a Ilha do Sal, em Cabo Verde, também li. Mas senti que estava a ler o livro errado, no local errado. Um livro inglês com classes sociais, industrialização, quintas, amantes, viagens pela europa, frio, chuva, casas de campo. E eu, estendido numa espreguiçadeira, a apanhar banhos de sol, de vento e de mar. Senti-me um inglês no Algarve. E não gostei.
 
Se ler é viajar, não faz sentido viajar para dois destinos diferentes em simultâneo. Não ler é sempre uma opção. A outra, requer uma boa combinação entre o que se lê e o local para onde se vai.

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Uma prenda

por Miguel Bastos, em 18.07.24

- Sabes, pai? Comprámos-te uma prenda!
- Ai, sim?
- Sim, é uma tenda de campismo. Mas não digas a ninguém...
- Está bem, eu prome...
- Chuuuu, é segreeedo!

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Escadas

por Miguel Bastos, em 05.09.23

escadas.jpg 

Stairway to heaven

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Setembro

por Miguel Bastos, em 01.09.23

Foi-se embora
O mês de agosto
Logo agora
Que lhe tomara o gosto

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Estar morto

por Miguel Bastos, em 29.08.23

collins.jpeg

"It's The Who, man!", escreve Phil Collins, a dada altura. Se eles o tivessem convidado para abandonar os Genesis, para se tornar o baterista da banda, ele tê-lo-ia feito. Nessa altura, Phil Collins estava quase no auge da popularidade, com os Genesis quase a conquistar o mundo e Phil quase a arrancar com a sua carreira a solo.
 
Em "Not dead yet", o comportamento de Phil Collins alterna entre a estrela consagrada e o fã dedicado. Viaja de limousine e de jato privado, anda de iate, priva com as celebridades, presta vassalagem à família real britânica, mas, ao mesmo tempo, admite que deixaria tudo, para substituir Keith Moon, nos The Who, e deixa a entender que faria o mesmo, para substituir John Bonham, nos Led Zeppelin. Phil vive anos e anos atormentado por não ter aparecido no disco de estreia de George Harrison, apesar de ter colaborado nas gravações. E adora tocar com Eric Clapton, um herói da sua juventude, que, entretanto, se tinha transformado em vizinho de casa e de bar.
 
Phil foi uma das maiores estrelas do mundo, usufruiu dos benefícios de ser uma das maiores estrelas do mundo, mas, mesmo assim, procurou sempre o reconhecimento dos seus pares: fossem eles Eric Clapton ou Robert Plant. E lamenta nunca ter tido o reconhecimento que a imprensa deu, por exemplo, ao seu amigo Peter Gabriel - a quem dirige sempre palavras amáveis.
 
"Not dead yet" ajuda-nos a perceber que Phil teve uma vida musical antes dos Genesis, e a perceber melhor as opções musicais que foi tomando, durante e depois dos Genesis.

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Meco

por Miguel Bastos, em 28.07.23

meco.jpg

A "silly season" é injustamente desvalorizada. Escrito, há dois anos:

Mais velho - Mas, afinal, como é que é essa praia do Meco?
Pai - Oh filho, é uma praia igual às outras. Tem, apenas, uma diferença...
Mais velho - Qual?
Pai - É conhecida por ser uma praia de nudistas.
Mais velho - Como assim?
Pai - As pessoas não usam roupa. Portanto, quando chegarmos, vamos ter que tirar os calções.
Mais velho - Ai não vou, não!
Mais novo - Eu tiro! Eu tiro!
Mais velho - Estás maluco, ou quê?
Mais novo - Tu é que estás. Nem penses que nos vais estragar as férias, por causa das tuas vergonhinhas!

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Eça

por Miguel Bastos, em 23.09.22

eca.JPG  

... e eu ando a dizer isto há anos, senhor Queiroz. Só que a mim ninguém me ouve. Eça é que é Eça.

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Não dormir

por Miguel Bastos, em 19.09.22

russia.jpg 

Andei a dormir mal. Não posso alegar desconhecimento. Afinal, o autor tinha avisado: "Quanto menos soubermos, melhor dormimos". Mesmo assim, quis saber. Comecei a ler o livro (e a dormir mal). Resolvi parar. As férias estavam à porta, havia demasiado cansaço acumulado, e, se andava a dormir mal, passei a dormir pior. Mas, não dá para fechar os olhos, indefinidamente. Voltei ao livro de David Satter, com a queda da União Soviética e tudo o que se levantou a seguir. Nada bonito de se ver: o assalto ao Estado, as expropriações, os monopólios, a corrupção, o crime organizado, as oligarquias, o terrorismo de Estado. A utilização das forças de segurança, como arma política. A guerra, como arma política. A guerra, como projeto político. Se não fosse tão credível, o livro de David Satter era, apenas, um retrato grotesco e apocalíptico. Assim, é só inqualificável. Ainda pensei se, depois de uma leitura tão avassaladora, seria boa ideia passar para o livro seguinte: "Na cabeça de Putin", de Michel Eltchaninoff. Hesitei. Depois, fiz como no poema de Cesariny: "fechar os olhos frente ao precipício e cair verticalmente no vício". A estreia da editora Zigurate, de Carlos Vaz Marques, também se faz à beira do precipício. Com dois livros, que são "livrinhos" por fora", mas muito densos por dentro.

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