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George Friedman faz-me lembrar Durão Barroso. A dada altura, Durão disse que iria ser primeiro-ministro - só não sabia quando. Friedman disse que iria haver guerra na Europa - só não sabia onde. Mas deu várias hipóteses. Chamou-lhes "Focos de Tensão". Um dos focos identificados foi "A Rússia e as suas fronteiras", com o autor a descrever uma Ucrânia composta por uma população dividida entre as influências russa e ocidental. Afirma o autor: "Divisões como esta tornam a Ucrânia um terreno fértil para manipulações por parte de quem estiver interessado nela. Os russos estão cientes desta vulnerabilidade porque há muito que eles próprios têm vindo a manipular a Ucrânia. Por isso, os russos interpretarão qualquer envolvimento exterior como manipulação e ameaça potencial aos interesses fundamentais naquele país." Friedman parece que é bruxo. Mas, garantem-me que não é.
Estamos a aderir à substituição da designação "República Checa", por "Chéquia".
Convenhamos, Chéquia não parece o nome de um país.
Parece o imperativo do verbo "to check", em português do Brasil.
Mesmo assim, podia ser pior. Por exemplo, "Verifique-a".
Estou a ver o noticiário, na televisão. Em rodapé, anuncia-se o novo filme de António Pedro Vasconcelos, sobre o tema do divórcio. Olho para ecrã. Sóbrio e elegante, um casal de meia idade senta-se, frente a frente. Discutem os problemas que os apoquentam. Separam-nos umas mesinhas, pequenas, e um mundo, imenso: as contas do gás, da eletricidade, a economia doméstica, e a russa que se meteu entre eles. "Eu sou uma mulher livre", diz ela. "Pronto, está consumada a separação", penso em voz alta. Mas, subitamente, pinta um clima. Sim, um clima. "Quem lá ver...", penso, de novo, em voz alta. "Você é uma climo-cética!", atira ele. "E você é um climo-hipócrita", responde ela. O ambiente não está nada bom. Desligo o televisor.
O Charles Michael foi reeleito presidente do Conselho Europeu. Fico muito contente. Gosto dele. Desde o tempo dos Wham!
Humor em tempos de guerra. Na redação.
- ... isso foi há quanto tempo?
- A guerra na Bósnia? Ui, vai fazer 30 anos!
- 30? Nessa altura, eu ainda andava de gatas!
- Este camarada, também. De gatas, a fugir das bombas.
- Fogo, eu acho que morria!
- Ele também achou. Mas, felizmente, ainda cá está.
Há 250 anos, a Rússia e a Prússia assinaram um acordo secreto para repartir a Polónia.
Felizmente, foi em 1772. Entretanto, os tempos mudaram.
Hoje em dia, nenhuma grande potência tentaria invadir, dividir, ou sequer influenciar um país soberano da Europa.
Ontem, à noite, a Angela apareceu lá em casa. Assim, sem avisar. A fazer olhinhos. (E que lindos olhos ela tem!) Oh, Angela (como é que eu hei de dizer isto?)! Oh, Angela! Eu... eu... sou um homem casado!