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Hoje é o último dia de Mário Centeno, à frente do Eurogrupo. Ainda não se sabe qual vai ser o seu futuro político. Se eu fosse Centeno (e parece que todos já foram Centeno, menos eu) acho que me candidatava a ministro das finanças, ou assim. Mas ele é que sabe. Aliás, cada um sabe de si...
Foi surpreendente assistir às reacções do Presidente da República e dos partidos políticos (com excepção do PS) à eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo. Marcelo veio lembrar que Centeno só é presidente porque é ministro das Finanças. (Centeno sabe disso. Afinal, o Eurogrupo é o grupo onde se reúnem os ministros das Finanças da Zona Euro). O Bloco e o PCP salientaram que Centeno vai trabalhar para uma Europa que defende a austeridade e o liberalismo económico e que é o novo rosto das políticas erradas. O PSD e o CDS vieram dizer que iam estar atentos, porque não se pode ser rigoroso na Europa e desleixado em Portugal.
Portanto, os líderes Europeus, que inicialmente tiveram dúvidas em relação a Centeno, votaram na sua eleição, deram sorrisos e parabéns. Já os políticos portugueses, começaram a ter dúvidas, fecharam o rosto e resolveram lançar avisos e ameaças. Podiam, ao menos, ter disfarçado. Atualmente, há imensas soluções farmacológicas para a azia. Mas, não devia ser preciso. O sorriso de Centeno devia bastar.
Facto: Mário Centeno é candidato à presidência do Eurogrupo. Especulação: o Ministério das Finanças pode mudar para a cidade do Porto.